ONU pede aos EUA para levantarem sanções a Cuba
Segundo o comunicado, "ninguém deve ter acesso negado a assistência médica vital".
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Mundo Covid-19
Especialistas das Nações Unidas pediram hoje aos Estados Unidos que suspendam o embargo imposto a Cuba há várias décadas, alegando que essa atitude está impedindo a resposta humanitária de que a ilha precisa para combater a pandemia da covid-19.
"Nesta situação de emergência em que vivemos, a falta de vontade do Governo dos EUA para suspender as sanções pode causar sofrimento em Cuba e noutros países sujeitos a este tipo de medidas", disseram os especialistas em comunicado.
É preciso que Washington retire as barreiras comerciais e outras medidas "que impedem a compra de medicamentos, equipamentos médicos, alimentos e outros bens essenciais", defenderam.
Ainda segundo o comunicado, "ninguém deve ter acesso negado a assistência médica vital".
Além disso, o controle do coronavírus "só pode ser alcançado com os esforços conjuntos de todos os governos e organizações internacionais, num espírito de multilateralismo, cooperação e solidariedade".
Os signatários do documento incluem relatores especiais da ONU para o direito ao desenvolvimento, Saad Alfarargi, da investigação de execuções extrajudiciais, Agnès Callamard, contra a tortura, Nils Melzer, e da promoção da democracia e da equidade, Livingstone Sewanyana.
A covid-19 já infectou pelo menos 1.400 pessoas em Cuba onde as autoridades deram conta de 50 mortes provocada pela doenças.
Desde que foi detectada na China, em dezembro do ano passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infectou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (60.999) e mais casos de infecção confirmados (mais de um milhão).
Seguem-se Itália (27.682 mortos, mais de 203 mil casos), Reino Unido (26.097 mortos, mais de 165 mil casos), Espanha (24.543 mortos, mais de 213 mil casos), e França (24.087 mortos, cerca de 169 mil casos).