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Europa deve estar pronta para 2ª onda de Covid, diz agência de controle

A preocupação acompanha um movimento de retomada das atividades na maioria dos países que adotaram quarentena

Europa deve estar pronta para 2ª onda de Covid, diz agência de controle
Notícias ao Minuto Brasil

08:49 - 11/05/20 por Folhapress

Mundo EUROPA-CORONAVÍRUS

BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - Os países europeus devem reforçar seus sistemas de alerta para reagir rapidamente a uma segunda onda do novo coronavírus, alertou a agência europeia de controle de doenças (ECDC, na sigla em inglês).

"Em suas avaliações de risco, a agência afirmou que os governos devem informar claramente à população que a possibilidade de uma segunda onda existe, mesmo que a pandemia tenha sido vencida agora", disse nesta segunda (11) Stefan de Keersmaecker, porta-voz da Comissão Europeia para saúde pública.

A preocupação acompanha um movimento de retomada das atividades na maioria dos países que adotaram quarentena. Em alguns deles, como a Dinamarca e a Alemanha, o aumento dos encontros entre pessoas provocou um crescimento na taxa de contágio, levando os institutos a intensificarem o monitoramento dos casos.

Preparativos para uma segunda onda também estão na pauta da Otan (organização de defesa que reúne países europeus e os EUA), disse à reportagem um oficial da aliança militar (por orientação da Otan, ele não se identifica).

Segundo ele, ministros da Defesa dos membros da Otan consideraram que é preciso planejar melhor as respostas a pandemias, melhorar o planejamento de continuidade dos negócios e proteger setores críticos.

Na reação à primeira onda do novo coronavírus, houve preocupação com o bloqueio do tráfego aéreo e a ruptura no fornecimento de matérias-primas e componentes para a indústria.

A Otan foi acionada para manter o transporte aéreo de equipamentos médicos a longas distâncias e para a implantação de hospitais de campanha em regime de emergência.Embora os cientistas ainda não tenham todas as respostas sobre o novo coronavírus (Sars-Cov-2), segundas ondas de infecções são comuns em doenças infecciosas, como a de influenza de 1918, conhecida como Gripe Espanhola, e a de H1N1, em 2009.

Casos como o de Singapura, por exemplo, em que um novo surto de Covid-19 apareceu em um dormitório apesar da política intensiva de rastreamento de contatos, indicam que também no caso do Sars-Cov-2 há risco de ressurgência.

Os segundos picos podem ser evitados ou amenizados por vacinas, ainda inexistentes para o novo coronavírus, ou medidas de distanciamento e higiene e de rastreamento e isolamento de novos casos.

A chamada imunidade de rebanho, quando ao menos 60% da população já desenvolveu defesas contra um patógeno (o que reduz a chance de contágio) também evita segundas ondas, mas estudos feitos até agora mostram que a porcentagem de infectados em diferentes países ainda não chega a 20%.

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