PORTUGALEstudo prevê que BR, sem medidas, chegue às 125 mil mortes em agosto
Universidade de Washington prevê um número de mortes cinco vezes maior no Brasil até agosto, se não forem adotadas medidas eficientes de contenção do vírus.
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Mundo Covid-19
Um estudo da Universidade de Washington alertou que o número de mortes associadas à Covid-19 no Brasil poderá chegar a 125 mil até ao início de agosto, motivo pelo qual temem que o país se torne no novo epicentro mundial do novo coronavírus.
A previsão do Instituto para Métricas de Saúde e Avaliação (IHME, na sigla em inglês), daquela universidade norte-americana, foi publicada na segunda-feira, quando o registro diário de mortos no Brasil (807) ultrapassou pela primeira vez o dos Estados Unidos (505).
"O Brasil tem que seguir o exemplo de Wuhan, na China, assim como da Itália, Espanha e Nova York, impondo leis e medidas para ganhar controle sobre a rápida propagação epidêmica e reduzir a transmissão do novo coronavírus", indicou o diretor da IHME, Christopher Murray, entrevistado pelo New York Times.
O especialista explicou que, sem essas medidas, o registro diário de mortes no país poderá continuar crescendo até meados de julho, causando um impacto nefasto na resposta dos hospitais. O Brasil contabiliza, neste momento, 23.473 mortes em resultado do novo coronavírus.
Carissa Etienne, diretora-regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou hoje que os surtos estão acelerando em países como o Brasil, onde os registros de mortes reportados na última semana são os mais altos de todos os países afetados, nos últimos sete dias.
Esta posição já tinha sido assumida pela OMS anteriormente. "De certa forma, a América do Sul se tornou o novo epicentro da doença", disse Michael Ryan, diretor-executivo da OMS para Emergências Sanitárias, afirmando que o "país mais afetado, neste momento, é claramente o Brasil".
