Sínodo dos bispos: Igreja pode acolher divorciados 'caso a caso'
Com exceções, grupo votou por aceitar católicos que voltaram a se casar
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Mundo Matrimónio
O Sínodo de bispos, que acontece no vaticano de 4 a 25 de outubro, votou com ampla maioria um documento final com 94 parágrafos. Entre outras questões, foi aprovada a proposta de "integração" na Igreja dos divorciados que voltarem a se casar, após a análise de "caso a caso".
De acordo com a doutrina atual da Igreja, os divorciados não podem receber a comunhão, a menos que se abstenham de ter relações sexuais com seu novo parceiro. Aos olhos da Igreja, o primeiro casamento ainda é válido e eles são vistos como vivendo em pecado do adultério, segundo matéria do G1.
A única possibilidade para que esses católicos possa casar novamente é terem o matrimônio anterior anulado.
Neste caso, a decisão de que seu primeiro casamento nunca existiu, decorrente da falta de determinados pré-requisitos, como a maturidade psicológica ou livre arbítrio.
Apesar da inovação nesse questão, o consenso foi menor nos dois parágrafos dedicados a temas mais sensíveis, O texto foi entregue ao papa Francisco, que o divulgou ao público imediatamente, informou o G1.
Durante as três semanas Sínodo de bispos sobre a família, os bispos de todo o mundo debruçaram-se sobre o documento. O texto trata de uma postura "mais misericordiosa" e "menos julgadora" em torno de casais que vivem juntos sem o matrimônio, além de homossexuais e católicos divorciados que voltaram a se casar no registro civil.
Segundo a reportagem do G1, apesar da concessão, o
Papa Francisco defendeu a indissolubilidade do casamento, condenou o divórcio e reiterou que a família é composta por um homem e uma mulher ao inaugurar no último dia 4 de outubro, no Vaticano, o Sínodo de bispos.