Primeira-ministra escocesa não vê ataque em Glasgow como ato terrorista
Seis homens, incluindo um agente da polícia, de 45 anos, foram hospitalizados.
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Mundo Escócia
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, indicou hoje que o ataque de um homem com uma faca no centro de Glasgow, que provocou seis feridos e a morte do agressor pela polícia, não está sendo tratado como terrorismo.
O suspeito, um homem, foi abatido pela polícia num hotel no centro de Glasgow, que, aparentemente, alberga pessoas que solicitaram asilo e refugiados.
Seis homens, incluindo um agente da polícia, de 45 anos, foram hospitalizados, acrescentou Sturgeon.
"A polícia acabou de confirmar que, esta fase, não está tratando o ataque como um incidente terrorista. Mas, obviamente, há ainda pormenores por determinar", afirmou a chefe do executivo de Edimburgo, que adiantou ter falado já com o primeiro ministro inglês, Boris Johnson, que expressou solidariedade.
"Foi uma tarde terrível na cidade de Glasgow. Tornou-se claro que houve muita especulação em torno deste acidente, que continua sob investigação", referiu Sturgeon.
Por seu lado, Boris Johnson afirmou estar "profundamente triste pelo terrível incidente em Glasgow", cidade 75 quilômetros a oeste de Edimburgo, e que os seus pensamentos estão virados para "todas as vítimas e respectivos familiares".
Segundo o comissário assistente da polícia da Escócia, Steven Johnson, as forças policiais chegaram ao local do incidente dois minutos depois do início do ataque e que a polícia antimotim chegou pouco depois.
"O incidente foi rapidamente controlado", afirmou, indicando que o agente policial ferido no Park Inn Hotel, na West George Street, está hospitalizado "em estado crítico, mas estável" e que a polícia já não está à procura de mais ninguém relacionado com o sucedido.
Steven Johnson adiantou que a polícia continua investigando o incidente e pediu à população para evitar deslocações à zona, onde se mantém um forte dispositivo policial.
"Pedimos à população que não especule sobre o incidente ou partilhe informações não confirmadas nos meios de comunicação social", acrescentou.
Craig Milroy, que testemunhou o rescaldo do incidente, relatou à AP ter observado quatro pessoas sendo colocadas dentro de outras tantas ambulâncias.
"Vi um homem no chão, um afrodescendente, sem os sapatos. Estava acompanhado por uma outra pessoa a seu lado. Não sei se foi um ferimento por uma bala, por uma faca ou outra arma qualquer", contou.
Milroy acrescentou que o homem foi um dos quatro que foram transportados de ambulância para o hospital, sublinhando acreditar que se trata de uma vítima do incidente.