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Polônia recusa extraditar Roman Polanski para os Estados Unidos

Em 1977, na Califórnia, o diretor, então com 43 anos, foi perseguido judicialmente por ter violado Samantha Geimer, na altura com 13 anos

Polônia recusa extraditar Roman Polanski para os Estados Unidos
Notícias ao Minuto Brasil

14:41 - 30/10/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Diretor

A justiça da Polônia recusou hoje (30) a extradição para os Estados Unidos do cineasta franco-polaco Roman Polanski, 82 anos, acusado de violação de uma menor em 1977, na Califórnia.

O tribunal regional de Cracóvia (sul) "concluiu pela irreversibilidade do pedido de extradição para os Estados Unidos do cidadão polaco e francês Roman Polanski", declarou o juiz Dariusz Mazur em declarações aos jornalistas.

No entanto, a decisão não é definitiva pelo fato do procurador polaco, que representa a parte norte-americana, poder ainda apelar da decisão. "O tribunal de apelação poderá manter o veredito, alterá-lo ou reenviar o assunto para um novo exame perante o tribunal de primeira instância", esclareceu Beata Gorszczyk, porta-voz do tribunal de Cracóvia, em declarações à agência de notícias francesa AFP.

Em janeiro, os Estados Unidos solicitaram à Polônia um pedido de extradição de Polanski, que vive na França, após uma aparição pública em Varsóvia do diretor. De acordo com a imprensa polaca, ele, presente em Cracóvia, aguardava o veredito a bordo de um avião fretado no aeroporto da cidade, e preparado para deixar a Polônia em caso de decisão desfavorável.

A lei polaca estipula que um tribunal tem poderes para deliberar sobre um pedido de extradição. Uma recusa, confirmada após um eventual apelo de uma das partes perante uma instância superior, encerra o caso em definitivo. E caso de aprovação, a decisão final pertence ao Ministério da Justiça.

Em 1977, na Califórnia, Roman Polanski, então com 43 anos, foi perseguido judicialmente por ter violado Samantha Geimer, na altura com 13 anos. Após 42 dias de prisão, seguida da sua libertação sob fiança, o cineasta que se reconheceu culpado de "relações sexuais ilegais" com uma menor abandonou os Estados Unidos antes do anúncio do veredito, por recear uma pesada condenação que poderia atingir os 50 anos.

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