O que se sabe até agora sobre os atentados de Paris
Pelo menos 140 pessoas morreram na noite desta sexta-feira em vários ataques coordenados em Paris. A Europa já não vivia uma situação tão grave desde 2009
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Mundo Paris
As primeiras notícias surgiram pelas 22h20 locais (19h20 em Brasília), dando conta de várias explosões perto do Estádio de França, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções francesa e alemã, e de um ataque com arma de fogo num restaurante.
Pela 01h30 de hoje (22h30 em Brasília), o número de mortos ultrapassava já uma centena, tendo a maioria morrido num ataque à sala de espetáculos Bataclan, onde à hora dos ataques estavam cerca de 1,5 mil pessoas assistindo um show da banda norte-americana Eagles of Death Metal. Naquela sala viveu-se uma situação de reféns, que terminou com um assalto policial.
Oito terroristas morreram, sendo quatro na sala de espetáculos Bataclan, dos quais três em um ataque suicida e um foi abatido pela polícia. O ataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico.
Os ataques registados em Paris foram conduzidos em sete pontos diferentes da cidade: Estádio de França, na Gare Du Nord, no restaurante Petit Cambodge, no bar Le Carrilon, no Bataclan Concert Hall, no Belle Equipe Bar, em Les Halle.
O presidente francês, que na hora dos primeiros relatos estava no Estádio de França, anunciou pelas 00h locais (22h em Brasília) que decretou o estado de emergência no país e o controle das fronteiras na sequência de "ataques terroristas sem precedentes".
Os parisienses estão a oferecer, através das redes sociais, as suas casas para acolher quem estiver nas zonas dos atentados e o Facebook ativou uma funcionalidade especial, o Centro de Segurança, que permite aos utilizadores dizer a família e amigos que estão bem.
Solidariedade mundial
Os ataques já foram condenados por vários países, entre eles os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Canadá, índia, Itália, China Indonésia, Filipinas, Espanha, Reino Unido, Venezuela, Vaticano, Malásia, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Peru, Rússia, Brasil e Israel.
Os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, e do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmaram estar profundamente horrorizados com os ataques. Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, afirmou estar "profundamente chocado" com os ataques, que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou "desprezíveis".
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, condenou os atentados terroristas em Paris e sublinhou que a Aliança está "fortemente unida na luta contra o terrorismo", o qual, garantiu, "nunca derrotará a democracia".