Bósnia: ex-líder condenado por crimes de guerra morre de Covid
O ex-dirigente dos sérvios da Bósnia Momcilo Krajisnik, condenado por crimes de guerra por um tribunal internacional, morreu hoje devido ao novo coronavírus
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Mundo Momcilo Krajisnik
Considerado um dos mais próximos colaboradores de Radovan Karadzic, o chefe político dos sérvios da Bósnia durante o conflito na década de 1990, Momcilo Krajisnik morreu na manhã de hoje num hospital de Banja Luka (norte da Bósnia), anunciou o estabelecimento em comunicado, citado pela cadeia pública RTRS.
Momcilo Krajisnik, 75 anos, foi presidente do parlamento da Republika Srpska (RS), a entidade dos sérvios da Bósnia, durante a guerra civil na Bósnia (1992-1995).
No final de agosto foi internado no hospital devido a um agravamento do estado de saúde após ter contraído o novo coronavírus.
Detido em abril de 2000 em Pale, arredores de Sarajevo, Momcilo Krajisnik foi condenado em primeira instância em 2006 pelo já extinto Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIJ) a 27 anos de prisão por crimes de guerra e absolvido da acusação de genocídio.
Em março de 2009, esta sentença foi reduzida em recurso para 20 anos. Por fim, a instância judicial 'ad hoc' da ONU reconheceu-o culpado de "expulsão, transferência forçada e perseguição de civis não sérvios da Bósnia".
Foi libertado em 2013 após ter cumprido dois terços da pena.
O conflito na Bósnia-Herzegovina, que decorreu no decurso da desintegração da Iugoslávia federal, envolveu muçulmanos (bosníacos), sérvios e croatas locais, com intervenção das vizinhas Sérvia e Croácia, com um balanço de cerca de 100.000 mortos e 2,2 milhões de deslocados.