Número 2 da Al Qaeda foi morto em Teerã por enviados por Israel, segundo o NYT
Além de Al-Masri, o ataque também matou sua filha, Miriam. Ela era viúva de Hamza bin Laden, filho de Osama bin Laden, ex-lider da Al Qaeda, morto pelos EUA em 2011
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Mundo Al-Qaeda
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Considerado número 2 do grupo Al Qaeda, Abu Muhammad al-Masri foi morto a tiros em uma rua de Teerã, capital do Irã, segundo o jornal The New York Times.
O jornal obteve a informação de quatro funcionários da inteligência dos EUA. Al-Masri teria sido morto em 7 de agosto, por dois atiradores de moto que o atacaram em Teerã, enquanto ele dirigia seu carro. Os assassinos foram enviados por Israel, a pedido dos Estados Unidos, em uma missão secreta, segundo o NYT.
Além de Al-Masri, o ataque também matou sua filha, Miriam. Ela era viúva de Hamza bin Laden, filho de Osama bin Laden, ex-lider da Al Qaeda, morto pelos EUA em 2011.
A nova versão contradiz um anúncio feito pelo Afeganistão em outubro: autoridades daquele país disseram que haviam matado Al-Masri lá. Na época, o governo americano não se pronunciou.
Integrante da lista de terroristas mais procurados do FBI, a polícia federal americana, Al-Masri foi acusado pelos EUA de fornecer apoio material e recursos a uma organização terrorista estrangeira e de conspirar para assassinar americanos.
Al-Masri é considerado um dos mentores dos ataques a embaixadas americanas na África em 1998. Batizado Husam Abd-al-Ra'uf, ele era conhecido pelo apelido de sua nacionalidade: "al-masri" significa "o egípcio". Em 2001, a Al Qaeda foi a responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro, nos Estados Unidos.
O fato de Al-Masri estar no Irã foi visto com surpresa, pois o país é inimigo da Al Qaeda. O grupo jihadista é ligado aos sunitas, enquanto o Irã é um governo teocrático xiita. Cada um dos lados tem visões diferentes sobre os preceitos do Islamismo.
Uma operação de assassinato em Teerã feita a mando dos americanos pode complicar ainda mais a relação entre o Irã e os EUA. No começo deste ano, os dois países quase entraram em guerra depois que o general iraniano Qassim Suleimani foi morto por um ataque americano no Iraque.