Após novo tiroteio nos EUA, norte-americanos criticam liberação de armas
Uma associação que defende o uso de armas nos EUA decidiu rebater críticas e questionamentos sobre os ataques propagados por cidadãos comuns
© Chet Strange/Getty Images
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A National Rifle Association (NRA), o maior lobby de armas de fogo dos Estados Unidos, reagiu ao tiroteio de segunda-feira, num supermercado de Boulder, no Colorado, que causou dez mortes, com uma citação da Segunda Emenda, a base legal para o porte de armas no país.
"Uma milícia bem regulada, sendo necessária para a segurança de um estado livre, e o direito das pessoas à posse e uso de armas não devem ser infringidos", escreveu a associação, numa publicação de Twitter, onde inclui uma imagem da Declaração dos Direitos ('Bill of Rights').
A publicação foi feita algumas horas após um homem ter entrado num supermercado King Soopers, armado com uma espingarda, e ter matado dez pessoas, incluindo um agente de autoridade.
No entanto, o novo tiroteio reabriu a discussão sobre a liberação do uso de armas, já que desde que Donald Trump foi eleito como presidente dos EUA em 2016, houve um aumento de crimes de ódio, racismo e xenofobia. Na última semana, um jovem matou seis pessoas de origem asiática em Atlanta. Com o ataque em Boulder, no qual um policial morreu, a população voltou a questionar a facilidade na qual americanos podem comprar armas, que posteriormente podem ser utilizadas contra as forças de segurança.
Com o grande número de críticas sobre o uso de armas, a NRA decidiu se manifestar. A associação, que conta com mais de 5 milhões de membros, é o principal opositor da legislação de controlo das armas de fogo nos Estados Unidos, financiando campanhas de políticos conservadores igualmente defensores da utilização irrestrita das mesmas, com base nas garantias constitucionais existentes.
Apesar de ter a sua sede no estado da Virgínia, a NRA está inscrita em Nova Iorque desde 1871 como organização sem fins lucrativos.