Mais de 600 manifestantes são libertados em Mianmar
Vários ônibus cheios de presos saíram da prisão de Insein pela manhã, disseram as testemunhas da soltura, que incluíam advogados de alguns presos
© Getty Images
Mundo MIANMAR-PROTESTOS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS - Mais de 600 pessoas detidas pelas forças de segurança de Mianmar durante protestos contra o golpe militar de 1º de fevereiro no país foram libertadas nesta quarta-feira (24), segundo informou uma entidade prisional local à agência de notícias AFP.
Vários ônibus cheios de presos saíram da prisão de Insein pela manhã, disseram as testemunhas da soltura, que incluíam advogados de alguns presos.
O governo militar ainda não se pronunciou sobre o caso.
"Os libertados são aqueles presos devido aos protestos, assim como as prisões noturnas ou aqueles que estavam fora para comprar alguma coisa", disse um membro de um grupo de assessoria jurídica que disse ter visto os ônibus partindo.
O grupo ativista Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos (AAPP) diz que pelo menos 2.000 pessoas foram presas na repressão militar aos protestos contra o golpe de 1º de fevereiro.
Muitas empresas foram fechadas em Rangoon e poucos veículos foram vistos nas estradas da maior cidade do país, disseram testemunhas, após um apelo de ativistas pró-democracia para uma manifestação silenciosa.
O protesto acontece após uma menina de sete anos ser morta ao ser atingida em casa por um dos tiros disparados pela polícia contra manifestantes. De acordo com a AAPP, outras 275 pessoas foram vítimas da repressão desde o golpe no país.
A junta militar tem sido condenada internacionalmente pelo golpe que interrompeu a lenta transição de Mianmar para a democracia e por sua supressão dos protestos que se seguiram.