Corpo de brasileira assassinada será cremado na Bolívia
A moradora de Campinas, interior de São Paulo, que estava grávida de seis meses, foi morta em Puerto Quijarro, vizinha de Corumbá, Mato Grosso do Sul, na fronteira entre os dois países
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Mundo Sem dinheiro
O corpo da brasileira Priscila Aparecida Franco da Silva, de 26 anos, morta no dia 8 de janeiro na Bolívia, não será trazido para o Brasil. A família não conseguiu dinheiro para bancar as despesas e o marido da jovem, Thiago Henrique Batista Ferreira, desistiu do traslado. A moradora de Campinas, interior de São Paulo, que estava grávida de seis meses, foi morta em Puerto Quijarro, vizinha de Corumbá, Mato Grosso do Sul, na fronteira entre os dois países.
Ferreira viajou com uma irmã da vítima e fez o reconhecimento oficial do corpo, mas não tinha dinheiro para trazê-lo para o Brasil. Uma campanha iniciada nas redes sociais por amigos de Priscila arrecadou menos de R$ 800, bem abaixo dos R$ 25 mil necessários para o traslado. De acordo com o advogado José Carlos dos Santos, de Corumbá, com a demora, o transporte ficou inviável pois o corpo está entrando em decomposição.
Com a liberação do corpo pelos legistas bolivianos, a família tem cinco dias para providenciar a cremação, que tem custo de US$ 1,6 mil, equivalentes a quase R$ 6,5 mil. O advogado vai pedir a interferência do Consulado brasileiro para que o corpo seja cremado sem custos para a família. As cinzas seriam enviadas para Campinas.
Priscila desapareceu após viajar como sacoleira para fazer compras de roupas em Puerto Quijarro. O corpo foi encontrado em um terreno baldio com ferimentos e marcas de violência sexual. Ela estava com as mãos amarradas. A perícia concluiu que a jovem foi espancada, estuprada e morta por estrangulamento. A polícia boliviana investiga o caso, chegou a levantar a hipótese de ligação do crime com o narcotráfico, mas ninguém foi preso.