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Número 2 do Talibã chega a Cabul para negociar formação de governo

O mulá Baradar, que foi capturado por forças de segurança em 2010 e estava solto desde 2018, quando passou a comandar o escritório político do talibã no Qatar

Número 2 do Talibã chega a Cabul para negociar formação de governo
Notícias ao Minuto Brasil

11:11 - 21/08/21 por Folhapress

Mundo Afeganistão

SÃO APULO, SP (FOLHAPRESS) - Cofundador do Talibã e considerado hoje o número 2 na hierarquia da facção, Abdul Ghani Baradar chegou a Cabul neste sábado (21) e deve liderar as negociações para a formação da estrutura de um governo do grupo fundamentalista islâmico, que retomou o poder no Afeganistão nesta semana.


O mulá Baradar, que foi capturado por forças de segurança em 2010 e estava solto desde 2018, quando passou a comandar o escritório político do talibã no Qatar, já havia voltado ao país na terça (17), instalando-se em Kandahar.


Porta-vozes disseram à agência de notícias Reuters que o grupo deve consolidar a formação de um governo nas próximas semanas, destacando equipes para lidar com finanças e questões internas de segurança.


Ainda segundo eles, haverá um gabinete de gestão de crise, composto também por membros da gestão anterior. A estrutura geral não deve ser a de uma democracia segundo os padrões ocidentais, mas, nas palavras do porta-voz, protegerá os direitos de todos.


O tom é o mesmo do adotado por outro porta-voz, Zabihullah Mujahid, no começo da semana. Em entrevista coletiva que integrou uma espécie de ofensiva talibã para mostrar moderação, ele negou represálias contra antigos adversários e afirmou que os direitos das mulheres serão protegidos -dentro do "arcabouço do Islã".


Na mesma linha, entrevista do membro da cúpula Waheedullah Hashimi à Reuters destacara, entre os pontos do governo projetado, que ele não seria um sistema democrático, "porque isso não tem base no nosso país; é a lei da sharia".


Baradar, que teria na agenda encontros com militares, líderes locais e religiosos, também deve se encontrar também com dirigentes da rede Haqqani, de acordo com a AFP. A esse grupo radical, considerado terrorista pelos EUA e pela ONU, foi confiada a segurança da capital, Cabul, pelo Talibã.

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