Ucrânia suspende 11 partidos apontados como pró-Rússia
A maioria dos afetados pela decisão seriam pequenas legendas, exceto o Plataforma de Oposição, que é liderado pelo oligarca Viktor Medvedchuk, 67, empresário dos ramos de mídia e energia e compadre do presidente russo Vladimir Putin.
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Mundo VOLODIMIR-ZELENSKI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou neste domingo (20) a suspensão das atividades de 11 partidos políticos que, segundo ele, teriam ligações próximas com o governo da Rússia.
A maioria dos afetados pela decisão seriam pequenas legendas, exceto o Plataforma de Oposição, que é liderado pelo oligarca Viktor Medvedchuk, 67, empresário dos ramos de mídia e energia e compadre do presidente russo Vladimir Putin. O partido tem 44 das 450 vagas no Parlamento ucraniano.
A lista de partidos suspensos inclui o Nashi, partido nascido de um movimento jovem pró-Putin; o Partido Socialista da Ucrânia e o Shariy.
"As atividades de políticos que visam à divisão ou à colaboração [com a Rússia] não terão sucesso e receberão duras respostas", disse Zelenski, em vídeo.
A suspensão das atividades desses partidos valerá enquanto a lei marcial estiver vigente. "O conselho nacional de segurança e defesa decidiu, dada à guerra em grande escala deflagrada pela Rússia e ligações que certas estruturas políticas têm com esse país, suspender as atividades de um número de partidos políticos pelo período da lei marcial", afirmou o presidente ucraniano.
Zelenski também assinou, no domingo, um decreto para agrupar todos os canais de TV do país em uma única plataforma. Segundo a agência Reuters, ele disse que, sob a lei marcial, era importante manter uma "política unificada de informações".
Os canais ligados a empresas privadas continuavam operando desde a invasão russa, no dia 24 de fevereiro. O decreto, divulgado no site do governo, não especificou quando a medida de unificação dos canais começará a valer.
No início de fevereiro, o governo ucraniano já havia imposto sanções a canais de televisão que teriam ligações com o governo russo.
Também neste domingo, por vídeo, Zelenski pediu ajuda a Israel para conter o ataque russo ao seu país. Na transmissão, ele questionou a relutância de Israel em vender seu sistema de defesa antimísseis Iron Dome (redoma de ferro) para a Ucrânia.
"Todo mundo sabe que os seus sistemas de defesa antimísseis são os melhores. E vocês podem definitivamente ajudar nosso povo, salvar vidas de ucranianos, de judeus ucranianos", disse Zelenski, que é de origem judaica.