Coreia do Sul oferece ajuda à Coreia do Norte durante surto de Covid-19
O governo de Kim Jong-Un ainda não respondeu à oferta, de acordo com o Ministério da Unificação sul-coreano
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Mundo Pandemia
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, afirmou nesta segunda-feira (16) que está disposto a fornecer toda a ajuda necessária para a Coreia do Norte, em meio a um surto de Covid-19 que deixou ao menos 50 mortos.
"Se as autoridades norte-coreanas aceitarem, não pouparemos a ajuda necessária, como medicamentos - incluindo vacinas contra a Covid-19 -, material médico e profissionais de saúde", disse ele na Assembleia Nacional sul-coreana.
O governo de Kim Jong-Un ainda não respondeu à oferta, de acordo com o Ministério da Unificação sul-coreano.
A Coreia do Norte enfrenta agora o primeiro surto de Covid-19 público desde o início da pandemia. Segundo a imprensa estatal, mais de um milhão de pessoas foram infectadas pelo que o governo chama de "febre".
A Coreia do Norte mantém um rígido bloqueio contra o coronavírus desde o início da pandemia, embora especialistas tenham afirmado que, com a presença da variante ômicron na região, seria uma questão de tempo até que a doença se propagasse pelo país.
De acordo com a imprensa estatal, 1.213.550 pessoas sofrem de "febre", 50 morreram e ao menos 564.860 estão sob tratamento médico.
A população ainda não foi vacinada. Há alguns meses, a China ofereceu imunizantes produzidos no país, mas foi rejeitada.
Kim Jong-Un disse que o país "aprenderá ativamente" com a estratégia de Pequim para a pandemia, conhecida como "Covid zero". Criticada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelos países ocidentais, a política exige testagem em massa e o confinamento rigoroso de pessoas contaminadas e daqueles que tiveram contato com elas.