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Congresso do Peru aprova antecipar eleições gerais para abril de 2024

Dina Boluarte vem enfrentado uma série de protestos violentos que já deixaram mais de 25 mortos no país

Congresso do Peru aprova antecipar eleições gerais para abril de 2024
Notícias ao Minuto Brasil

10:45 - 21/12/22 por Folhapress

Mundo Crise

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Congresso do Peru aprovou nesta terça-feira (20) antecipar as eleições gerais do país para abril de 2024. O pleito estava originalmente marcado para julho de 2026.

A medida busca amainar a crise política instaurada após a tentativa fracassada de golpe de Estado em 7 de dezembro feita pelo então presidente Pedro Castillo, que acabou destituído do cargo e preso.

Sua vice e sucessora no cargo, Dina Boluarte, vem enfrentado uma série de protestos violentos que já deixaram mais de 25 mortos no país. Ela, que inicialmente disse que pretendia concluir o mandato presidencial em 2026, posteriormente se declarou favorável à antecipação das eleições.

A medida aprovada nesta terça encurta os mandatos da presidente e dos legisladores do país, que passarão a terminar em 28 de julho de 2024.

O projeto teve 93 votos a favor e 30 contrários, além de uma abstenção. Eram necessários 87 votos favoráveis para aprovação. Por se tratar de uma proposta que altera a Constituição, ainda é preciso que a medida passe por uma segunda votação antes de se tornar lei.

Foram contrários ao adiantamento das eleições o Perú Libre e outros partidos de esquerda. Um projeto parecido, que propunha adiantar as eleições para dezembro de 2023, havia sido rejeitado pelo Parlamento na sexta passada (16).

Nesta terça-feira, uma delegação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), chefiada pela secretária Tania Reneaum, chegou a Lima para se reunir com autoridades "a fim de receber informações sobre a crise institucional e os protestos".

A CIDH se reuniu com Boluarte no Palácio de Governo, e planeja visitar algumas cidades do país.

Também nesta terça, o Peru declarou o embaixador do México "persona non grata" e ordenou que ele deixe o país em 72 horas devido à concessão de asilo a familiares de Castillo.

Nesta terça, familiares do líder populista entraram na embaixada mexicana em Lima. Não está claro se permanecerão no local ou se seguirão para o país norte-americano.

A decisão do governo peruano responde às "reiteradas manifestações" do México "sobre a situação política do Peru, que constituem interferência em nossos assuntos internos", disse a chanceler Ana Cecilia Gervasi.

Nas últimas semanas, o presidente mexicano, Andrés Mauel Lopez Obrador, vem dando declarações de apoio a Castillo e reafirmando a oferta de asilo ao líder populista deposto.

Assim que Boluarte assumiu, o líder mexicano disse que seu governo esperaria alguns dias para reconhecê-la e declarou que Castillo vinha sendo vítima de assédio desde a sua vitória nas eleições e que seus adversários políticos "não aceitavam que ele governasse".

Uma semana depois, o México assinou, junto Argentina, Bolívia e Colômbia, uma carta que exortava o Peru a proteger os direitos humanos e legais de Castillo –ambígua, a nota não pedia, porém, a sua restituição ao cargo.

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