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Curdos protestam no centro de Paris após ataque com possível motivação racista

Muitos carregavam bandeiras do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) e cartazes com fotos das vítimas –entre elas, Emine Kara, líder do movimento de mulheres curdas no país europeu.

Curdos protestam no centro de Paris após ataque com possível motivação racista
Notícias ao Minuto Brasil

19:40 - 24/12/22 por Folhapress

Mundo França

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apoiadores e membros da comunidade curda na França protestaram neste sábado (24) no centro da capital, Paris, para exigir respostas sobre o assassinato de três pessoas em um centro cultural curdo nesta sexta-feira (23).


Muitos carregavam bandeiras do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) e cartazes com fotos das vítimas –entre elas, Emine Kara, líder do movimento de mulheres curdas no país europeu.


Os atos registraram cenas de enfrentamento com a polícia local. Carros foram atacados e pequenos incêndios foram registrados em áreas da Praça da República, onde estava a concentração. De acordo com a agência Reuters, alguns manifestantes lançaram objetos contra a polícia, que respondeu com uso de gás lacrimogêneo.


A agência de notícias AFP relatou, com base em informações de uma pessoa envolvida no caso cujo nome não foi publicado, que William M., 69, o atirador, confessou ter matado as pessoas por ser racista.


Condutor de trem aposentado e francês, ele é investigado por tentativa de assassinato, violência com arma de foto e infrações de caráter racista. A última acusação foi acrescentada por último, e a Promotoria afirmou a jornais locais que a pena máxima para o caso é a perpétua.
Com ele, foi encontrada uma caixa de cartuchos de calibre 45 com pelo menos 25 cartuchos dentro.


O ataque ocorreu na rua d'Enghien, no 10º arrondissement de Paris, pouco antes das 12h do horário local (8h em Brasília). Segundo a prefeita do distrito, Alexandra Cordebard, o agressor a princípio invadiu o centro comunitário curdo, seguiu para um restaurante do outro lado da rua e, depois, para um salão de cabeleireiro.


"Sabemos que curdos, militares e ativistas da causa estão sob ameaça", disse a uma emissora local Berivan Dirat, porta-voz do Conselho Democrático Curdo da França (CDK-F). "A França nos deve proteção."


David Andic, advogado do grupo, afirmou a jornalistas que o ataque fez escalar o medo da comunidade. "Já estávamos traumatizados pelo triplo assassinato de 2013", disse, referindo-se à morte de três ativistas curtas também em Paris. "Precisamos de respostas e apoio."


No Twitter, o CDK afirma que Emine Kara, uma das mortas nesta sexta, foi assassinada enquanto coordenava a organização de mobilizações sobre os dez anos da morte dos ativistas, marcadas para janeiro.

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