Viagem de papa Francisco ao Sudão do Sul é antecedida por massacre com 27 mortos
O pontífice aterrissou na mais jovem nação do mundo, independente desde 2011, nesta sexta-feira (3)
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Mundo Igreja Católica
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma disputa entre milicianos e pastores de gado em uma região rural terminou com o assassinato de 27 pessoas no Sudão do Sul um dia antes da chegada do papa Francisco ao país.
O pontífice aterrissou na mais jovem nação do mundo, independente desde 2011, nesta sexta-feira (3), por volta das 15h do horário local (10h no horário de Brasília) -a viagem é parte de um pequeno giro do pontífice pela África, e incluiu uma passagem pela República Democrática do Congo.
O episódio ocorreu no estado de Equatória Central, que também abriga a capital do país, Juma. A princípio, integrantes de uma milícia local mataram seis pessoas de uma comunidade pastora. Estes, por suas vez, retaliaram tirando a vida de 21 civis em um área próxima, incluindo cinco crianças e uma mulher grávida, segundo relato da Al Jazeera.
Em sua terceira visita à África subsaariana desde o início de seu papado, há dez anos, o líder da Igreja Católica de 86 anos busca restaurar a paz em uma região devastada por anos de violência.
No caso do Sudão do Sul, um tratado de paz assinado pelos principais grupos que participavam da guerra civil que mobilizou o território entre 2013 e 2018 havia reduzido de forma significativa a violência no país. Mas disputas entre comunidades rivais ainda são frequentes.
O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, que acompanha o papa ao Sudão do Sul junto com o moderador da Igreja da Escócia, afirmou estar horrorizado com últimos acontecimentos locais. Já Francisco, que encerrou a viagem à DRC em um encontro com bispos na capital, Kinshasa, não se pronunciou sobre o ocorrido.