Dissidentes cubanos começam a ser libertados
As detenções de domingo aconteceram poucas horas antes da chegada a Havana do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem na agenda um encontro com dissidentes
© Reuters
Mundo Havana
Os dissidentes cubanos detidos ontem (20) em Havana, após uma marcha do movimento Damas de Branco, começaram a ser libertados hoje, disseram à Agência EFE fontes do grupo. Entre os libertados está a líder das Damas de Branco, Berta Soler, e o seu marido, antigo preso político, Ángel Moya, bem como o ativista Antonio González Rodiles, o artista de grafite Danilo Maldonado “El Sexto" e o músico Gorki Águila.
Soler disse não poder determinar quantos dissidentes, dos cerca de 60 detidos na manhã de ontem, foram libertados, indicando que desconhece também a situação atual das mulheres do seu grupo que viajaram de províncias como Matanzas, Villa Clara, Guantánamo e Santiago de Cuba para presenciar a marcha dominical, não sabendo se regressaram às suas localidades.
O grupo, criado por mulheres de opositores ao regime comunista, tentava realizar uma marcha, mas ao se encontrar com uma manifestação de simpatizantes do governo acabou por detido e conduzido com violência para unidades policiais.
As detenções de domingo aconteceram poucas horas antes da chegada a Havana do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem na agenda um encontro com dissidentes. Há 46 semanas consecutivas que a marcha de domingo das Damas de Branco acaba em detenções, segundo denunciou o grupo.
De acordo com o último relatório da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, a única que contabiliza as detenções e outros atos de repressão na ilha, nos dois primeiros meses deste ano foram registradas pelo menos 2.555 detenções por motivos políticos. Com informações da Agência Brasil. Com informações da Agência Brasil.