Menina encontrada viva na floresta 4 dias após desaparecer na Ucrânia
As autoridades ucranianas declararam que não foi "cometido nenhum delito contra a criança". Violetta está "viva, muito cansada e com sede e fome”.
© Reprodução/ Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia
Mundo Ucrânia
Uma menina de dois anos foi encontrada viva depois de quatro dias desaparecida numa floresta próxima de sua casa, em Kharkiv, na Ucrânia.
Enquanto a linha da frente de guerra continua a ferro e fogo, os serviços de emergência ucranianos continuam trabalhando para resolver outros problemas do país, como foi o caso de Violetta.
A criança estava brincando no seu jardim na terça-feira quando subitamente desapareceu sem deixar rasto. Foi montada uma operação de buscas, que envolveu mais de mil pessoas, para procurar a menina.
As autoridades ucranianas declararam que não foi "cometido nenhum delito contra a criança".
"Mais de mil pessoas, incluindo políciais, equipes de resgate, voluntários e moradores locais, procuraram a criança na aldeia, entre os arbustos, pântanos e verificaram todos os reservatórios ao redor", revelou o Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, citado pela Sky News.
"Hoje, finalmente, a menina foi encontrada na floresta. Está viva, mas muito cansada, com sede e fome”, acrescentou a nota, revelando ainda que Violetta teve de receber cuidados hospitalares.
O caso ganha relevo no contexto de guerra uma vez que, apesar de não ter sido o caso desta menor, muitas crianças ucranianas foram levadas ilegalmente para a Rússia ao longo da invasão.
Por outro lado, Moscou afirma que está dando um refúgio às crianças, assegurando ter "salvado" essas crianças dos combates.
A comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, alvo de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI), declarou-se disposta a devolver à Ucrânia crianças deportadas, se as respetivas famílias o solicitarem.
A Ucrânia acusou as tropas russas de deportarem à força mais de 210 mil crianças para a Rússia e acusou Moscou de as querer tornar cidadãs russas. Os números foram avançados pela comissária dos Direitos Humanos na Ucrânia, Lyudmyla Denisova.
“Quando as nossas crianças nos são retiradas, destroem a sua identidade nacional e privam o nosso país do futuro”, frisou Denisova, citada pela agência de notícias Reuters. “Ensinam aos nossos filhos, em russo, a história que [o presidente russo] Putin contou a todos”.
Segundo a responsável, as 210 mil crianças fazem parte do grupo de 1,2 milhões de ucranianos que Kyiv afirma terem sido deportados à força para a Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 3.500 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais cerca de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
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