Alegando "pesquisa", Japão retorna de caçada com 333 baleias mortas
Tal feito desafiou uma corte internacional, já que um tratado internacional proibindo a caça de baleias foi criado em 1986, vetando apenas a pesca comercial
© Reuters
Mundo Desrespeito
Voltando de sua
primeira caçada nos mares da Antártida em dois anos, uma
frota japonesa regressou
ao porto na quinta-feira (24) com os corpos de 333 baleias
minke
mortas.
Tal feito
desafiou
uma corte internacional, segundo informações trazidas pelo
O Globo, já que um tratado internacional proibindo a caça de baleias foi criado em 1986,
vetando apenas a pesca comercial. Muitos países, principalmente a Austrália, acusam o Japão de ter matado o acordo, alegando
explorar a "suposta caça científica" comercialmente.
A Agência Japonesa de Pesca anunciou que os quatro navios voltaram ao porto com a cota de pesca completa após uma expedição que durou meses. O governo japonês
mantém a explicação de "uso dos corpos para pesquisa". Os
críticos acusam o país de mentir e na verdade pescar comercialmente, com carne de baleia sendo vendida em supermercados.
A
Corte Internacional de Justiça apoiou os críticos em 2014, tendo como base
provas de que a maior parte das carcaças é rejeitada para pesquisa e acaba indo
para o mercado. O Japão desrespeitou a decisão em dezembro de 2015, anunciando à Comissão Baleeira Internacional que planeja caçar até 333 baleias
minke
anualmente pelos próximos 12 anos.
A demanda do
mercado vem caindo nos últimos anos, e por isso, segundo a agência AP, a nova cota é apenas um terço do que costumava ser em anos atrás.