Marinha dos EUA tem menos de 2 dias para salvar desaparecidos em submarino
O submersível desaparecido tem 96 horas de oxigênio, mas pelos cálculos da Guarda Costeira restam apenas 40 horas de oxigênio
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Jason Frederick, capitão da Guarda Costeira dos Estados Unidos, informou que o submersível que desapareceu no Atlântico Norte no último domingo (16) tem cerca de 40 horas de oxigênio, o que implica em menos de dois dias para que a Marinha possa resgatar os tripulantes com vida.
O submersível desaparecido tem 96 horas de oxigênio, mas pelos cálculos da Guarda Costeira restam apenas 40 horas de oxigênio. Os cálculos foram feitos pelas autoridades norte-americanas e repassados por Jason Frederick em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20).
Chances de resgatar tripulantes com vida. O capitão destacou que não é possível determinar se a quantidade de oxigênio restante no submersível é necessário para resgatá-los com vida, caso o submarino seja localizado a tempo. Entretanto, Jason ressaltou que estão "fazendo todos os esforços".
Buscas são complexas. Frederick disse que o submersível deve estar a uma distância de 1.500 quilômetros da costa e em uma extensão de 26 mil quilômetros quadrados entre os Estados Unidos e o Canadá, o que dificulta as buscas para o resgate. "É uma operação que leva tempo e precisa de muita coordenação", afirmou.
Operação começou no domingo (18). O capitão destacou que a operação de buscas começou a ser montada tão logo a Guarda Costeira foi notificada do desaparecimento. "Desde domingo estamos coordenando essas buscas com a Marinha americana, a Guarda Nacional, em uma área de 26 mil quilômetros quadrados entre EUA e Canadá."
Foco também na superfície. Jason ressaltou que os agentes também têm tentado captar "algum sinal no radar" na superfície, bem como "abaixo da superfície usando equipamentos, sonares".
Buscas ainda não deram resultados. O capitão afirmou que os esforços empenhados até o momento "ainda não trouxeram nenhum resultado", mas as buscas continuam.
"Usamos sistemas de mergulho para tentar localizar a posição do submersível além de um equipamento fazendo buscas na área, e há também outros tipos de equipamentos que estão sendo utilizados desde ontem à noite. Estamos usando tudo possível. Há também embarcações privadas que se juntarão aos nossos esforços", completou.
O CASO
A embarcação Titan submergiu na manhã de domingo, 18 de junho. Os turistas queriam ver os destroços do Titanic, localizado no Atlântico Norte.
O barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com ele cerca de uma hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA.
O submersível foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, segundo as autoridades canadenses, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic, em 1912.
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