Cientistas encontram crânio de 300 mil anos diferente de qualquer espécie
A descoberta revela evidências da existência de uma linhagem humana até então desconhecida
© Cortesia/Israel Antiquities Authority
Mundo Arqueologia
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências encontraram um crânio de 300 mil anos que é considerado diferente de qualquer outro fóssil de hominídeo já encontrado.
A descoberta revela evidências da existência de uma linhagem humana até então desconhecida, diferente das já conhecidas dos neandertais, denisovanos e Homo-sapiens (humanos modernos). O estudo foi publicado na revista científica Journal of Human Evolution.
Pesquisadores de China, Espanha e Reino Unido desenterraram o conjunto de ossos, mais especificamente a parte cranial e mandibular, na região de Hualongdong, em 2015, junto de outras 15 espécimes do período do Pleistoceno Médio -de 82.800 a 355 mil anos atrás.
Os cientistas determinaram que o fóssil, que recebeu a identificação HLD 6, era de uma pessoa com idade entre 12 e 13 anos. Uma avaliação determinou que a anatomia de HLD 6 é "inesperada"
O HLD 6 tem características parecidas com a dos humanos modernos. Outras, como a falta de um "queixo verdadeiro" e a curvatura do osso, apontam similaridades com os Denisovanos, que se ramificaram dos neandertais há quase 400 mil anos.
Novas investigações devem ser feitas para confirmar que de fato HLD 6 pertence a um grupo único na linhagem evolutiva humana, disseram autores do estudo