Al-Qaeda ameaça França e Suécia por atitudes que considera islamofóbicas
Na base das ameaças está a proibição de vestuário associado a meninas muçulmanas em escolas francesas e a queima de cópias do Alcorão na Suécia.
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Mundo Terrorismo
Após uma nova rodada de medidas legislativas consideradas islamofóbicas na França e mais queimas de cópias do Alcorão na Suécia, a organização terrorista al-Qaeda emitiu ameaças na semana passada a ambos os países, prometendo retaliações contra o que considera atitudes desrespeitosas.
De acordo com o jornal francês Le Figaro, a organização fez a ameaça em uma revista de propaganda divulgada na quinta-feira, e o documento está atualmente sob análise das autoridades de segurança francesas.
Na mensagem, a al-Qaeda declarou: "Eles só vão perceber quando um ministério for atacado em Paris... Acham que as mãos dos combatentes não os alcançarão em casa?" A organização prometeu ataques a "um ministério" francês ou a "uma embaixada sueca.
Le Figaro relatou que as palavras vieram acompanhadas de imagens de um homem encapuzado segurando uma arma, à frente de policiais franceses supostamente chorando atrás dele.
A França tem sido um dos países europeus que mais restringe práticas religiosas muçulmanas, proibindo vários objetos de vestuário, especialmente aqueles usados por mulheres, por considerar que ameaçam a cultura do país e as normas de segurança. Após a proibição do "burkini" em 2016 e da proibição da burca e do niqab para menores de 18 anos, o governo francês recentemente aprovou uma medida que proíbe a abaya, uma vestimenta de corpo inteiro, em escolas.
A al-Qaeda, ao dirigir sua ameaça à Suécia, afirmou que o país "escolheu assumir a liderança na guerra contra o Islã e os muçulmanos entre os países da União Europeia, competindo com França, Dinamarca e outros pelo primeiro lugar na corrida à oposição a Deus e ao seu mensageiro."
A ameaça a Estocolmo surge em resposta a recentes episódios de queima de cópias do Alcorão, o livro sagrado do Islã, que também foram criticados pela Turquia. O governo turco condenou a Suécia, alegando que o país (que depende do apoio da extrema-direita para governar) não está fazendo o suficiente para combater a islamofobia, ameaçando até bloquear a entrada dos países nórdicos na OTAN.
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