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China chama EUA de 'império das mentiras' em resposta a acusações de desinformação

O posicionamento é uma resposta a um relatório do Departamento de Estado dos EUA que acusa Pequim de investir bilhões de dólares na manipulação de informações, censura, roubo de dados e compra de veículos de comunicação pelo mundo.

China chama EUA de 'império das mentiras' em resposta a acusações de desinformação

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Notícias ao Minuto Brasil

16:00 - 30/09/23 por Folhapress

Mundo CHINA-EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A China voltou a subir o tom contra os Estados Unidos neste sábado (30), quando seu Ministério das Relações Exteriores afirmou que o país americano era o "verdadeiro império das mentiras".

O posicionamento é uma resposta a um relatório do Departamento de Estado dos EUA que acusa Pequim de investir bilhões de dólares na manipulação de informações, censura, roubo de dados e compra de veículos de comunicação pelo mundo.

O documento, feito a pedido do Congresso e divulgado nesta semana, afirma ainda que a investida não deu certo em países democráticos, que contaram com a resistência dos meios de comunicação local e de parte da sociedade civil.

O regime chinês afirma que o relatório é falso, e que não só desconsidera a realidade dos fatos como é uma evidência de os americanos lideram uma "guerra cognitiva". "Os fatos mostram, repetidamente, que os Estados Unidos são o verdadeiro império das mentiras", afirmou o ministério chinês.

O imbróglio se dá em um momento em que as duas potências vinham ensaiando uma reaproximação. Diplomatas americanos e chineses se encontraram em diversas ocasiões nas últimas semanas, e o enviado especial da China para a crise do clima, Xie Zhenhua, revelou recentemente em um evento em Pequim que havia sugerido a seu homólogo americano, John Kerry, viajar aos EUA para um encontro presencial.

O tom contido sobre o gigante asiático adotado pelo presidente Joe Biden em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU na semana retrasada também teria contribuído para a percepção de uma distensão da chamada Guerra Fria 2.0.

A guerra comercial pesa, porém, nas relações entre os países, assim como os sinais de apoio por parte de Washington à independência de Taiwan, tema sensível para o Partido Comunista Chinês.

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