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Mulheres e crianças são 60% dos feridos na Palestina por ataques de Israel

O Ministério da Saúde da Palestina informou que começou a fazer o racionamento de serviços de saúde

Mulheres e crianças são 60% dos feridos na Palestina por ataques de Israel
Notícias ao Minuto Brasil

20:12 - 11/10/23 por Folhapress

Mundo Conflito

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Balanço divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Saúde da Palestina diz que 60% dos feridos na Faixa de Gaza por ataques de Israel são mulheres e crianças. Serviços de saúde começaram a ser racionados no local.

O governo local diz que todos os leitos estão ocupados no território. Segundo o ministério, medicamentos e equipamentos hospitalares estão "a caminho do esgotamento".

O ministério informou que começou a fazer o racionamento de serviços de saúde. A medida foi anunciada em meio aos cortes de energia em Gaza e à falta de fornecimento de combustíveis aos hospitais, que começaram a funcionar com geradores só em departamentos de salvamento.

Três paramédicos palestinos também foram mortos em Gaza, dizem autoridades da Palestina. Imagens divulgadas pelo governo mostram ambulâncias destruídas e com marcas de sangue, que teriam sido atacadas no norte de Gaza.

BRASILEIRO NA PALESTINA: ISRAEL QUER PALESTINOS FORA DA PRÓPRIA TERRA

Morador da cidade de Ramallah, no território palestino da Cisjordânia, o brasileiro Mustafa Mohamad acusou Israel de querer que o "povo palestino deixe sua própria terra". Em entrevista ao UOL News, o advogado também condenou o cerco israelense à Faixa de Gaza.

"Israel matou 200 palestinos civis somente neste ano. Que culpa o Hamas teve ali? Israel está querendo fazer com que o povo palestino desapareça de suas terras. Isso não vai acontecer. Israel pode matar os quatro milhões de palestinos que vivem aqui. Virão mais quatro milhões para defender essa terra. Se você cerca Gaza e proíbe a população de ir e vir e não se entra nada, um dia isso vai explodir", afirmou Mustafa.

NETANYAHU FORMOU GOVERNO DE EMERGÊNCIA EM ISRAEL

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu à oposição a seu governo e criou um governo de emergência em meio à guerra contra o grupo extremista Hamas.

Na prática, o acordo funciona como uma espécie de "carta-branca" para o premiê tomar medidas de emergência sem o bloqueio de oposicionistas. Isso ocorre porque os partidos governistas não têm maioria no Parlamento israelense, o que permite que a oposição possa vetar propostas do governo.

Governo será formado por Netanyahu, líder oposicionista e um pequeno número de ministros. O anúncio da formação desse governo foi feito em pronunciamento conjunto por Netanyahu e Benny Gantz, líder do partido oposicionista Unidade Nacional.

Gantz também pediu a criação de um "gabinete de guerra". Esse grupo seria formado somente por ele, Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. O jornal The Times of Israel diz que, mesmo assim, o premiê teria insistido para ter a palavra final nesse gabinete.

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