'Não há passagem segura', diz ministro egípcio sobre envio de ajuda a Gaza
Sameh Shoukry afirmou que a região da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito foi bombardeada e, por isso, não há passagem segura do Egito para Gaza
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Mundo Conflito
BELÉM, PA (UOL/FOLHAPRESS) - O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que não há passagem segura entre o Egito e a Faixa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária. A declaração foi feita em entrevista à CNN Internacional.
Sameh Shoukry afirmou que a região da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito foi bombardeada e, por isso, não há passagem segura do Egito para Gaza. Ele foi questionado pela jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, sobre o envio de ajuda humanitária.
"A passagem de Rafah nos últimos dias foi bombardeada quatro vezes", disse Shoukry. Segundo ele, os bombardeios causaram danos severos aos acessos. "Não temos uma rota segura para que esses comboios possam entrar", afirmou.
O ministro relatou que um dos bombardeios na região aconteceu no momento em que os danos anteriores estavam sendo consertados.
A fronteira com o Egito é a única possível para a entrada de ajuda humanitária e a saída de pessoas da Faixa de Gaza.
Questionado sobre a possibilidade de o Egito aceitar refugiados palestinos, Shoukry não se posicionou de forma aberta. "Eu não entendo qual seria o propósito dessa transferência para um país que já recebe milhares de refugiados".
O ministro egípcio apontou que tanto a Europa quanto os Estados Unidos são resistentes à entrada de migrantes e refugiados em seus territórios. "Então por que o Egito seria obrigado a aceitar um milhão, dois milhões de cidadãos que estão sofrendo as consequências de serem alvo desnecessário neste momento?".
Sameh Shoukry enfatizou que o mais importante seria o envio de ajuda humanitária para que o povo palestino continue em seu território.