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Colômbia acusa guerrilha do ELN de ser desleal ao processo de paz

O alto comissário para a paz, Otty Patiño, afirmou que a declaração de "greve armada" pelo ELN representa uma quebra dos compromissos acordados na sexta rodada de negociações em Havana

Colômbia acusa guerrilha do ELN de ser desleal ao processo de paz
Notícias ao Minuto Brasil

12:48 - 13/02/24 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Colômbia

O Governo colombiano expressou sua preocupação em relação à "greve armada" anunciada pela guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) no departamento de Chocó na última sexta-feira, considerando-a uma violação da lealdade aos acordos estabelecidos nas conversações de paz em andamento.

O alto comissário para a paz, Otty Patiño, afirmou que a declaração de "greve armada" pelo ELN representa uma quebra dos compromissos acordados na sexta rodada de negociações em Havana. Essa medida ameaça a vida, os direitos e as liberdades dos habitantes do departamento, bem como o funcionamento dos governos democraticamente eleitos e as responsabilidades das autoridades comunitárias.

Como resultado dessa "greve armada indefinida", aproximadamente 27 mil pessoas na região, especialmente nas comunidades ao longo do rio San Juan, estão agora confinadas e incapazes de realizar atividades diárias, como deslocar-se para cuidados médicos, ir à escola ou cultivar terras.

A decisão do ELN ocorreu na mesma semana em que a guerrilha concordou com uma prorrogação do cessar-fogo bilateral até 3 de agosto com o governo do presidente colombiano, Gustavo Petro.

A Frente de Guerra Ocidental Omar Gómez do ELN divulgou um comunicado alegando que a situação humanitária em Chocó é precária, com o aumento da presença paramilitar que, em conluio com as forças públicas na região, afeta a população local.

A governadora de Chocó alertou para o impacto significativo do confinamento, afetando a busca por assistência médica, a frequência escolar das crianças e a capacidade de manter uma vida normal.

"Nós apoiamos o acordo de paz (...) mas esta é a sétima greve armada declarada pela guerrilha e a quarta nesta mesma zona", destacou Nubia Carolina Córdoba, que assumiu o cargo em 1º de janeiro. O ELN já impôs medidas semelhantes em Medio San Juan em quatro ocasiões nos últimos 12 meses, expondo a população a uma situação contínua de violência, medo e ameaças.

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