Homem é condenado à prisão perpétua por matar irmãs brasileiras no Japão
A condenação foi registrada nesta terça-feira (27) pelo Tribunal Distrital de Nagoya. A informação é da agência de notícias japonesa NHK.
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Mundo JAPÃO-JUSTIÇA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O peruano Edgard Anthony la Rosa, preso pelo assassinato de duas brasileiras no Japão em 2015, foi condenado à prisão perpétua.
A condenação foi registrada nesta terça-feira (27) pelo Tribunal Distrital de Nagoya. A informação é da agência de notícias japonesa NHK.
"A dor da família enlutada é imensurável", afirmou o juiz responsável pelo caso. Para embasar a decisão, a corte apontou evidências como a compatibilidade da gasolina do carro do acusado com o combustível usado para incendiar o apartamento no qual as duas irmãs foram achadas mortas.
A decisão acata o pedido do Ministério Público do Japão para condenação do acusado. No pedido, o promotor alegou que "não há possibilidade de recuperação" para o peruano.
Edgard continua afirmando que é inocente. A defesa dele afirmou que ele estava sob efeito de drogas, sem conseguir distinguir o certo do errado.
RELEMBRE CASO
Michelle Maruyama, 29, e Akemy Maruyama, 27, foram encontradas mortas na casa onde viviam em Handa, no Japão. O crime foi registrado em 30 de dezembro de 2015.
O responsável pelas mortes, ex-marido de Akemy, incendiou a casa delas. A perícia, porém, constatou que elas foram mortas por estrangulamento antes do incêndio.
Edgard foi preso dias depois, já em 2016. Na ocasião, ele foi abordado em Nagoya enquanto dirigia o carro de Akemy sem habilitação e com as duas filhas dela no veículo. No entanto, ele acabou solto.
Depois, em dezembro de 2020, ele foi detido novamente sob acusação de assassinato. No início daquele mês, ele havia sido preso por ser apontado como o responsável por colocar fogo no imóvel, mas não pelos assassinatos, que aconteceram antes do fogo se propagar.
O peruano foi casado com Akemy por seis anos e não teria aceitado o fim do relacionamento. Por isso, passou a ameaçá-la.
"Ele sempre foi agressivo, arrogante, mas ela sempre muito tímida, não contava isso para ninguém", disse a mãe das duas jovens, Maria Aparecida Amarilha Scardin.
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