China impõe obediência de organizações religiosas ao Partido Comunista
Desde a posse do presidênte Xi Jinping, ativistas relatam crescimento no controle sobre igrejas
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Mundo Repressão
Na China, organizações religiosas devem obedecer o Partido Comunista, disse o presidente do país, Xi Jinping. Segundo informações da imprensa estatal e de agências de notícia internacionais, o governo determina que membros do partido sejam ateus marxistas e que evitem se influenciar por religiões.
O país abriga budistas, cristãos e muçulmanos, além de diversas organizações religiosas que são consideradas não oficiais. Desde a década de 1970, o governo controla a prática religiosa por meio de templos, igrejas e mesquitas autorizadas, que preferem discursos alinhados à ideologia comunista.
"Os grupos religiosos devem aderir à liderança do Partido Comunista da China", disse Xi numa conferência que terminou no sábado (23), segundo a agência Xinhua. "Deveríamos guiar e educar os círculos religiosos e seus seguidores com os principais valores socialistas", completou.
Desde que Xi Jinping assumiu o governo, em 2012, a repressão a religiosidade tem sido mais dura. Na província de Zhejiang, igrejas foram demolidas e crucifixos retirados nos últimos anos. Há relatos de controle sobre a prática de jejum no Ramadã na região de Xinjiang, onde a maioria da população é muçulmana.