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Veja as imagens após o ataque de Israel a um acampamento em Rafah

O exército israelense confirmou que os aviões atacaram a área de Tal al-Sultan com base em informações precisas, visando os dois altos comandantes do Hamas, Yassin Rabia e Khaled Nagar.

Caos e morte. O depois do ataque de Israel a campo de deslocados em Rafah

Notícias ao Minuto Brasil

06:30 - 27/05/24 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Israel/Palestina

O Exército de Israel causou grande destruição em um campo de deslocados no noroeste de Rafah, sul da Faixa de Gaza, durante um ataque realizado na madrugada desta segunda-feira, que resultou na morte de pelo menos 50 pessoas. Israel confirmou o ataque, alegando que tinha como alvo dois altos comandantes do Hamas.

"Um outro terrível massacre foi perpetrado pelas forças israelenses em Rafah, resultando até agora na morte de 50 mártires e em dezenas de feridos, a maioria crianças e mulheres", afirmou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O exército israelense confirmou que os aviões atacaram a área de Tal al-Sultan com base em informações precisas, visando os dois altos comandantes do Hamas, Yassin Rabia e Khaled Nagar.

"O Hamas na Judeia e Samaria é responsável pelo planejamento, financiamento e execução de ataques terroristas em toda a região, tanto na Judeia e Samaria quanto dentro de Israel", diz um comunicado militar israelense sobre o ataque em Tal al-Sultan, um bairro onde as forças israelenses ainda não tinham ordenado a evacuação e que abrigava centenas de deslocados.

As imagens mostram um incêndio de grandes proporções causado pelo bombardeio aéreo das tendas, enquanto as pessoas tentavam apagar as chamas.

"Temos conhecimento de relatos de que vários civis na área ficaram feridos como resultado do ataque e do incêndio que se iniciou. O incidente está sendo investigado", afirmou o exército sobre o ataque.

Segundo Israel, Yassin Rabia "gerenciava toda a atividade terrorista do Hamas na Judeia e Samaria, transferindo fundos para alvos terroristas e planejando ataques terroristas", incluindo no passado, durante os anos de 2001 e 2002, durante a Segunda Intifada, quando soldados das Forças de Defesa de Israel foram mortos.

Quanto a Nagar, Tel Aviv afirma que ele "dirigiu ataques armados e outras atividades terroristas na Judeia e Samaria, e transferiu fundos destinados a atividades terroristas do Hamas na Faixa de Gaza".

Além disso, Israel continua, ele realizou vários ataques entre 2001 e 2003, resultando na morte de civis e soldados israelenses.

"Em nenhum outro momento da história tantos instrumentos de morte em massa foram utilizados diante do mundo como está ocorrendo agora em Gaza, onde a população está privada de água, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível, com a destruição de infraestruturas e todas as instituições", denunciou o Ministério da Saúde de Gaza.

De acordo com este departamento, nas últimas 24 horas, 190 palestinos foram mortos em novos massacres, incluindo este, na chamada "zona segura" dos campos a oeste da cidade de Rafah.

É importante notar que, já no domingo, o Crescente Vermelho Palestino havia denunciado um ataque em uma área humanitária perto da sede da ONU em Rafah. Pouco depois, o exército israelense confirmou que havia lançado ataques contra um complexo do Hamas naquela área, admitindo ter ferido civis.

Esse ataque a Rafah ocorre após, também no domingo, o Hamas ter disparado oito foguetes do mesmo ponto da Faixa de Gaza contra o centro de Israel, incluindo Tel Aviv, pela primeira vez em cerca de quatro meses, sem causar danos graves ou feridos.

Várias imagens começaram a circular nas redes sociais após o som das sirenes de alerta para o lançamento de foguetes ser ouvido em várias cidades israelenses.

O porta-voz da Autoridade Nacional Palestina também condenou o "ataque deliberado do exército de ocupação" contra as tendas dos deslocados em Rafah, provocando um "massacre que ultrapassou todos os limites".

Na Cisjordânia, centenas de palestinos saíram às ruas em várias cidades, incluindo locais críticos como Jenin e Tulkarem, em protesto contra o ataque.
 
 

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