Meteorologia

  • 12 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Kennedy Jr. não se qualifica para debate e perde chance de ter holofote nos EUA

Robert F. Kennedy Jr. não deverá participar do primeiro debate na campanha deste ano, que ocorrerá no próximo dia 27

Kennedy Jr. não se qualifica para debate e perde chance de ter holofote nos EUA
Notícias ao Minuto Brasil

21:48 - 20/06/24 por Folhapress

Mundo EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O candidato independente à Presidência dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., não deverá participar do primeiro debate na campanha deste ano, que ocorrerá no próximo dia 27. Segundo a rede CNN, ele não atingiu os pré-requisitos até o prazo limite desta quinta-feira (20). O político diz ser alvo de um conluio.

A campanha do político considerava a participação no evento como a grande oportunidade para aumentar a sua visibilidade na corrida à Casa Branca. Segundo o jornal The New York Times, 73 milhões de pessoas assistiram ao primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump em 2020, e Kennedy Jr. teria tido a chance de confrontar seus adversários diante de uma grande audiência.

A CNN, anfitriã do debate, informou que apenas Biden e Trump atingiram os critérios. As condições incluíam obter pelo menos 15% de apoio dos eleitores em quatro pesquisas nacionais e ser considerado apto para aparecer em cédulas estaduais suficientes que possam garantir a vitória no pleito.

Kennedy atingiu os 15% em apenas três das pesquisas aceitas até esta quinta e, de acordo com a contagem da CNN, havia se qualificado para a votação em apenas seis estados, o que não seria suficiente para ganhar a eleição. Depois do anúncio de que não havia cumprido os requisitos, o político acusou a emissora de americana de conluio com as campanhas de Biden e de Trump.

"Os presidentes Biden e Trump não me querem no palco do debate, e a CNN concordou ilegalmente com a exigência deles", disse Kennedy em comunicado. "Minha exclusão do debate pelos presidentes Biden e Trump é antidemocrática, antiamericana e covarde."

A campanha de Kennedy solicitou que a Comissão Eleitoral Federal tome providências e impeça a CNN de realizar o debate caso não sejam feitas alterações. A comissão não havia se manifestado sobre o pedido.

"Se o debate for adiante sem o senhor Kennedy, a campanha pretende levar a questão adiante pelo tempo que for necessário para obter justiça contra esses atos ilegais", disse a campanha em comunicado. A CNN rejeita as acusações.

Para Kennedy, o próximo grande obstáculo é realmente conseguir entrar na cédula. Dos seis estados pesquisados, ele até agora se qualificou apenas para a cédula de Michigan. Isso porque, nos EUA, conseguir se inscrever como candidato à Presidência é um processo que varia de estado a estado e, por isso, requer uma despesa considerável com advogados e organizadores.

O pleito ocorre em novembro. Tanto Biden quanto Trump vêm sendo pressionados pelos canais de televisão americanos a se comprometerem com mais embates. As cinco maiores redes e a agência Associated Press enviaram uma carta às campanhas apelando para que os eventos sejam realizados.

Para os assessores de Biden, o atual presidente têm potencial para expor Trump ao exigir que ele se posicione sobre questões polêmicas, incluindo o aborto. Já a equipe do republicano acredita que eventuais deslizes verbais do democrata podem amplificar as preocupações do eleitorado com os seus 81 anos -mesmo que o ex-apresentador de TV apenas três anos a menos.

Ainda segundo o New York Times, nenhum candidato independente participa de um debate nacional desde 1992, quando a campanha do bilionário texano Ross Perot ganhou impulso suficiente para lhe garantir um lugar ao lado do então presidente George Bush e de Bill Clinton, à época governador do Arkansas.

Campo obrigatório