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Israel usou civis palestinos como 'escudos' em túneis de Gaza, diz jornal

A tática foi colocada em prática em meio a guerra entre o país e o grupo extremista Hamas, que já dura mais de nove meses

Israel usou civis palestinos como 'escudos' em túneis de Gaza, diz jornal

Getty Images

Notícias ao Minuto Brasil

18:15 - 14/08/24 por Folhapress

Mundo Guerra

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Exército de Israel teria usado civis palestinos como cobaias para inspecionar túneis potencialmente cheios de armadilhas na Faixa de Gaza. A tática foi colocada em prática em meio a guerra entre o país e o grupo extremista Hamas, que já dura mais de nove meses.

 

Moradores de Gaza estariam sendo enviados como ''escudos humanos'' para revistar túneis. A informação foi revelada com exclusividade pelo jornal Haaretz após uma investigação e filmagens feitas pela Al Jazeera há cerca de dois meses.

A estratégia consiste em abrir caminho seguro para soldados das Forças de Defesa de Israel. Apesar de proibida desde 2005, o Haaretz afirmou que a prática é de pleno conhecimento de oficiais de alto escalão.

Esses civis, geralmente jovens de 20 anos, são vestidos com uniformes militares. À primeira vista, podem acabar sendo confundidos com agentes israelenses, mas a maioria usa tênis, ao invés de botas, as mãos ficam algemadas atrás das costas e uma câmera é acoplada em seu corpo.

''Nossas vidas são mais importantes que a deles'', teria dito um dos soldados de Israel ao grupo. Assim, moradores aleatórios da Faixa de Gaza são enviados com o risco de serem explodidos por dispositivos instalados nos túneis. Além disso, eles também podem ser usados para entrar em casas com intuito de mediação.

Em um dos casos, um dos civis foi obrigado a entrar em um prédio. O objetivo era que ele mediasse e conseguisse evacuar as pessoas que estavam no local. A tentativa falhou e ele teria sido morto baleado por homens armados em seguida.

Alguns membros das Forças de Israel, porém, relataram reprovar a atitude. Sem se identificar, fontes teriam dito ao Haaretz que no início não compreenderam o que estava sendo feito, mas depois argumentaram que não estavam dispostos a operar se isso incluísse o sacrifício de algum cidadão de Gaza.

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