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Morre aos 77 Humberto Ortega, irmão de ditador da Nicarágua e crítico ao regime, aos 77

A informação foi divulgada pelo Exército nicaraguense

Morre aos 77 Humberto Ortega, irmão de ditador da Nicarágua e crítico ao regime, aos 77
Notícias ao Minuto Brasil

30/09/24 20:00 ‧ Há 30 mins por Folhapress

Mundo Óbito

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O general Humberto Ortega, irmão do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e crítico ao seu regime morreu aos 77 anos em um hospital militar na capital, Manágua, nesta segunda-feira (30).

 

A informação foi divulgada pelo Exército nicaraguense, segundo o qual a causa da morte foi uma parada cardíaca. No domingo (29), as forças já haviam afirmado que o estado de saúde do militar havia sofrido "uma deterioração brusca".

O general aposentado estava em prisão domiciliar desde maio, depois de fazer uma série de críticas ao irmão em entrevista ao portal argentino Infobae. Disse, por exemplo, que o atual grupo no poder -leia-se Daniel Ortega, 78, e a esposa dele, Rosario Murillo, 72- deveria "ter consciência do desvio que fez de um processo democrático", e o chamou de autoritário, personalista e verticalista.

Na época, o ditador resolveu usar sua máquina repressiva sobre o irmão e o pôs sob custódia policial sem que ele tivesse sido acusado de quaisquer crimes, instalando uma unidade de tratamento médico em sua casa e impedindo-o de sair dela. Depois, afirmou em um ato público que o general reformado tinha cometido um ato de "traição à pátria" em 1992 ao condecorar um militar dos Estados Unidos.

Os dois irmãos fizeram parte do movimento que derrubou a ditadura de Anastasio Somoza em 1979. Ambos ingressaram na guerrilha ainda no ensino médio, e alguns dos que os conheceram na época afirmam que Humberto tinha até mais destaque do Daniel na época.

Após o triunfo da chamada Revolução Sandinista, o general assumiu a fundação de um novo Exército e o comandou -inclusive quando as eleições de 1990 tiraram seu irmão do poder e levaram ao cargo de presidente a oposicionista Violeta Chamorro.

Em nota, o regime afirmou reconhecer "a contribuição estratégica do general Ortega como militante sandinista". Já os filhos e os netos de Ortega expressaram "profundo pesar" pela morte e pediram "respeito à privacidade e ao luto" da família em um comunicado reproduzido pelo portal El19Digital, alinhado à ditadura.

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