Ataques matam 28 profissionais de saúde e fecham hospitais no Líbano
De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação é crítica, com muitos trabalhadores da saúde deixando seus postos devido aos bombardeios intensificados na região
© Lusa
Mundo Oriente Médio
Nas últimas 24 horas, o Líbano registrou a morte de 28 profissionais de saúde, além do fechamento de 37 unidades de saúde no sul do país, conforme anunciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação é crítica, com muitos trabalhadores da saúde deixando seus postos devido aos bombardeios intensificados na região. Três hospitais em Beirute foram completamente evacuados, e outros dois, parcialmente. A ofensiva de Israel contra o grupo Hezbollah, iniciada há duas semanas, já resultou em quase 2 mil mortos no Líbano, incluindo importantes membros do movimento xiita, como o líder Hassan Nasrallah.
A OMS está colaborando com o Ministério da Saúde do Líbano para fornecer apoio aos hospitais do país e planeja enviar um grande carregamento de suprimentos médicos, mas o fechamento quase total do aeroporto de Beirute pode impedir a entrega. A organização faz um apelo para que as partes envolvidas permitam a entrada dos voos com materiais essenciais para os hospitais.
Os recentes ataques de Israel ao Hezbollah fazem parte de uma ofensiva mais ampla que começou após os ataques do Hamas e de outras facções palestinas em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 mortos e 250 pessoas sequestradas em Israel. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, integra o "Eixo da Resistência", que também inclui o Hamas e os rebeldes huthis do Iêmen, todos opositores de Israel.
Leia Também: Sete perguntas e respostas para entender os conflitos que opõem Israel e Irã