O aeroporto na Europa que está abandonado há meio século por causa de uma guerra -

Localizado não muito longe a oeste de Nicósia (capital do Chipre) fica um aeroporto abandonado que está apodrecendo e caindo aos pedaços há meio século. Ele é conhecido como Aeroporto Internacional de Nicósia, e sua história é de intrigas e conflitos cruéis. Com o tempo, o aeroporto tem sido a prova de uma história pesada, e muitos agora estão se perguntando se o aeroporto voltará à sua antiga glória.

Mas quais foram os eventos que levaram ao abandono do aeroporto? Clique nesta galeria para descobrir.

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Aeroporto Internacional de Nicósia -

Antes de seu fechamento, o Aeroporto Internacional de Nicósia serviu como o principal aeroporto para a nação insular do Chipre, lidando com voos civis e militares. O aeroporto era um centro de transporte crítico que ligava Chipre às principais cidades da Europa e do Oriente Médio.

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História -

O aeroporto foi originalmente estabelecido na década de 1930 pela Força Aérea Real Britânica durante a era colonial. Serviu como pista de pouso para fins militares durante a Segunda Guerra Mundial, período no qual os bombardeiros norte-americanos usaram a pista para retornar das missões aliadas.

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Expansão -

Após a guerra, serviços comerciais foram introduzidos no aeroporto. Na década de 1960, o edifício passou por expansões significativas para acomodar o crescente tráfego aéreo. A modernização incluiu um novo terminal, pistas estendidas e instalações aprimoradas, tornando-o um dos aeroportos mais modernos da região na época.

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Importância estratégica -

Devido à sua localização estratégica no Mediterrâneo, o Aeroporto Internacional de Nicósia tornou-se um ativo crítico durante conflitos regionais, incluindo a Crise de Suez (1956, foto) e a Emergência de Chipre (1955-1959). Ele foi usado por várias forças militares para logística e operações.

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Violência intercomunitária -

No final de 1963, a violência intercomunitária entre residentes de língua grega e turca eclodiu no Chipre. Em resposta, as Nações Unidas estabeleceram uma zona desmilitarizada (conhecida como Linha Verde das Nações Unidas em Chipre) que essencialmente cortou a nação insular pela metade.

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Golpe -

Em 15 de julho de 1974, nacionalistas gregos de direita derrubaram o presidente democraticamente eleito do Chipre, o arcebispo Makarios (foto). O aeroporto de Nicósia foi fechado por três dias, durante os quais as tropas foram transportadas da Grécia para Chipre em apoio aos nacionalistas.

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Evacuação -

Quando o aeroporto finalmente foi reaberto em 18 de julho, turistas e estrangeiros se aglomeraram no local em massa caótica enquanto tentavam desesperadamente deixar o país.

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Invasão turca do Chipre -

O maior ponto de virada para o Aeroporto Internacional de Nicósia veio dois dias depois, quando a Turquia invadiu o Chipre e bombardeou fortemente o aeroporto. As forças cipriotas e a guarda nacional conseguiram defendê-lo, mas houve danos significativos à infraestrutura do aeroporto.

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Área Neutra da ONU -

Quando um cessar-fogo foi implementado um mês depois, o aeroporto ficou sob o controle das Nações Unidas e a Zona Verde existente em Chipre foi estendida para incluir o aeroporto. Isso exigiu que as forças cipriotas e turcas se retirassem pelo 500 metros do perímetro do aeroporto.

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Últimos voos -

Os últimos voos comerciais a deixar o Aeroporto de Nicósia ocorreram em 1977 sob autorização especial da ONU. O aeroporto tem estado praticamente inoperante desde então.

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Substituição -

Após o fechamento do Aeroporto de Nicósia, um novo aeroporto foi aberto para atender o sul da nação insular, enquanto a metade norte do Chipre estabeleceu o Aeroporto Internacional de Ercan a aproximadamente 20 km do Aeroporto de Nicósia.

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Abandono de fato -

Com o tempo, o Aeroporto Internacional de Nicósia caiu em um estado de abandono. Sem voos e sem manutenção, o aeroporto outrora movimentado tornou-se uma relíquia fantasmagórica do passado.

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O terminal -

Até mesmo o edifício do terminal do Aeroporto Internacional de Nicósia, um símbolo da modernidade da época, agora é uma lembrança assustadora do conflito. Suas janelas estão quebradas, o interior está destruído e as paredes estão cobertas de pichações.

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Pista preservada -

Apesar do abandono do aeroporto, a pista principal ainda está quase intacta. É ocasionalmente usada pela ONU para operações limitadas, mas está longe de sua antiga glória.

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Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas -

O aeroporto permanece sob o controle das Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas. A ONU usa o aeroporto como base para suas operações, mas não facilita nenhum voo comercial ou acesso público.

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Fotografias -

Uma das únicas maneiras de ver o aeroporto abandonado agora é através de fotos tiradas por fotógrafos autorizados que visitam o local. As fotos mostram uma zona completamente abandonada que até apresenta um avião apodrecendo na pista.

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Estação abandonada -

Cubículos antes ocupados por forças de controle de fronteira agora estão vazios, acumulando poeira com o passar do tempo. O resto do aeroporto permanece em condições semelhantes e, nos últimos anos, o telhado do prédio ameaçou desabar.

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Área de espera -

A área de espera do aeroporto, que já foi movimentada com turistas e viajantes mesmo nos dias após a invasão turca, agora está quase em ruínas.

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Controle de tráfego aéreo -

Nesta imagem, está o convés de controle de voo do aeroporto em ruínas. Surpreendentemente, muitas janelas ainda estão intactas, apesar da condição geral da área e dos edifícios.

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Um símbolo de divisão -

O Aeroporto Internacional de Nicósia passou a simbolizar a divisão do Chipre. Como está congelado no tempo, representa a situação política não resolvida da nação insular, enquanto a natureza abandonada da zona é um lembrete gritante das consequências do conflito.

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Interesse turístico -

Apesar de seu estado de abandono, o Aeroporto Internacional de Nicósia atraiu o interesse de turistas e historiadores. Alguns visitantes ficam intrigados com a história do aeroporto e sua atmosfera misteriosa, embora o acesso seja restrito devido à sua localização na Zona Verde da ONU.

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Preservação -

Nos últimos anos, a ONU tomou algumas medidas para preservar o Aeroporto Internacional de Nicósia como um local histórico. Embora o foco seja principalmente manter a segurança e a paz na Zona Neutra, há o reconhecimento do valor histórico e simbólico do aeroporto.

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Relíquia -

O Aeroporto Internacional de Nicósia também pode ser visto como uma relíquia da era da Guerra Fria, quando Chipre era um ponto focal de tensão geopolítica. O abandono do aeroporto é resultado direto dos conflitos globais mais amplos da época.

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Preocupações com a segurança -

A segurança é um problema constante no abandonado Aeroporto de Nicósia. A área é fortemente monitorada pela ONU para impedir o acesso não autorizado, dada a sua localização sensível dentro da Zona Verde. Isso só aumentou a mística em torno do aeroporto.

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Ocupação ilegal -

De acordo com o direito internacional, a ocupação do Chipre pela Turquia é realmente considerada ilegal. A divisão entre o norte da ilha e o sul tem sido uma questão de grande controvérsia. A República da Turquia é a única nação do mundo a reconhecer o norte do Chipre como um estado soberano.

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Publicidade -

Até mesmo os cartazes espalhados pelo aeroporto são uma prova do conflito que transformou este reino outrora movimentado em uma concha isolada. O papel desbotado que ainda anuncia relógios, sapatos e pizza são lembretes anacrônicos do legado em ruínas de um país.

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Planos de reabertura -

Ao longo dos anos, houve discussões sobre a reabertura do Aeroporto Internacional de Nicósia, particularmente como parte das negociações de paz entre cipriotas gregos e turcos. No entanto, essas negociações foram repetidamente paralisadas e o aeroporto permanece fechado ao público.

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Futuro -

O futuro do Aeroporto Internacional de Nicósia permanece incerto. Embora haja esperança de que ele possa ser reaberto como parte de um acordo de paz, o atual impasse político sugere que o aeroporto pode permanecer abandonado no futuro próximo, uma relíquia de um passado dividido.

Fontes: (Reuters) (The Independent) (Business Insider)

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