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Nova doutrina nuclear vai "esfriar entusiasmo" do Ocidente

O presidente da Bielorrússia comentou a nova doutrina sobre armamento nuclear de Putin, considerando que a mesma já "deveria ter sido renovada há muito tempo".

Nova doutrina nuclear vai "esfriar entusiasmo" do Ocidente
Notícias ao Minuto Brasil

13/10/24 13:24 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Alexander Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou, numa entrevista divulgada este domingo, que a nova política do presidente russo, Vladimir Putin, sobre armas nucleares irá "esfriar o entusiasmo" do Ocidente. 

 

Em causa está o fato de Putin ter afirmado, no mês de setembro, que a nova doutrina sobre armamento nuclear inclui considerar como agressor da Rússia qualquer potência nuclear que apoie um ataque de um país terceiro.

Numa entrevista, divulgada este domingo e citada pela agência de notícias Reuters, Lukashenko defendeu que a "doutrina deveria ter sido renovada há muito tempo", mas que agora irá "esfriar o entusiasmo" dos "cabeças quentes do Ocidente", referindo-se àqueles que possam querer "precipitar-se".

De acordo com o presidente bielorrusso, o Ocidente já teria começado a "bombardear" o país e a Rússia, se não tivesse prestado atenção aos anteriores sinais nucleares de Putin. Mas, considerou, a alteração da doutrina nuclear vai "provavelmente esfriar o seu ardor".

Vale notar que Putin afirmou, no dia 25 de setembro, que as propostas para "clarificar" a doutrina sobre uso de armas nucleares incluem considerar como agressor do país qualquer potência nuclear que apoie um ataque de um país terceiro.

"Foi proposto considerar a agressão contra a Rússia por um país não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear, como um ataque conjunto contra a Federação Russa", afirmou Putin, numa referência à Ucrânia, que tem pedido autorização aos Estados Unidos e outros países ocidentais para usar mísseis fornecidos por estes em ataques contra território russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscou e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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