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Ataque do Boko Haram contra Exército do Chade mata ao menos 40 soldados

Mais de 200 soldados teriam sido alvo de membros da facção

Ataque do Boko Haram contra Exército do Chade mata ao menos 40 soldados
Notícias ao Minuto Brasil

17:24 - 28/10/24 por Folhapress

Mundo Guerra

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo terrorista islâmico Boko Haram atacou o Exército do Chade na noite de domingo (27), resultando em ao menos 40 soldados mortos, de acordo com a Presidência do país em comunicado. A nota afirma que mais de 200 soldados foram alvo de membros da facção, sem dar detalhes.

 

O presidente do país africano, Mahamat Idriss Deby Itno, visitou o local do ataque na manhã de segunda-feira (28) e ordenou uma operação de busca aos criminosos.

O ataque no domingo ocorreu por volta das 22h do horário local (17h em Brasília) na base de Barkaram, em uma ilha do lago Chade, perto da fronteira com o Níger.

Membros do Boko Haram assumiram o controle da guarnição, levaram as armas, queimaram veículos equipados com armamento pesado e partiram, segundo relatos feitos à AFP.

O Exército do Chade é frequentemente alvo de ataques extremistas naquela área. Não se sabia de imediato quem estava por trás do último ataque, mas açõs anteriores na região foram atribuídas pelo governo ao Boko Haram.

A facção tem mantido uma insurgência armada no nordeste da vizinha Nigéria desde 2009, que até agora deixou mais de 40 mil mortos e forçou 2 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas, segundo a ONG Human Rights Watch.

O Chade é um importante aliado das forças francesas e americanas que visam combater os jihadistas no Sahel, região em se concentram organizações leais à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.

Há dez anos, o Boko Haram sequestrou 276 meninas de uma escola em Chibok, no nordeste da Nigéria, gerando uma campanha mundial por sua libertação. Até hoje, 112 das vítimas continuam desaparecidas.

O ataque ocorreu em 14 de abril de 2014, quando homens armados invadiram a escola e levaram as vítimas para a floresta de Sambisa, reduto do grupo. Familiares das raptadas acusam o governo de tê-las abandonado.

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