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Tribunal da Coreia do Sul emite ordem de prisão contra presidente afastado

Yoon Suk Yeol sofreu impeachment há pouco mais de duas semanas

Tribunal da Coreia do Sul emite ordem de prisão contra presidente afastado
Notícias ao Minuto Brasil

08:03 - 31/12/24 por Folhapress

Mundo Coreia do Sul

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um tribunal da Coreia do Sul emitiu nesta terça-feira (31), noite de segunda no Brasil, um mandado de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk Yeol, que sofreu impeachment há pouco mais de duas semanas por uma tentativa de autogolpe.

 

Após o anúncio da Justiça, o líder interino do governista Partido do Poder do Povo (PPP) afirmou que é inapropriado tentar prender um presidente em exercício.

O mandado vem um dia após investigadores pedirem a prisão de Yoon. Ele se recusa a prestar depoimento e não respondeu a uma série de intimações da polícia e do Gabinete de Investigação de Corrupção, que apuram em conjunto se a tentativa de declaração da lei marcial em 3 de dezembro, que suspendeu direitos políticos no país, equivale ao crime de insurreição.

Investigadores dizem que Yoon liderou uma insurreição e abusou de seu poder no momento em que declarou a lei marcial e ordenou que tropas entrassem na Assembleia Nacional para impedir que os parlamentares votassem contra o decreto.

Ele nega as acusações sob o argumento de que a medida foi um "ato de governança" para alertar o partido de oposição contra um suposto abuso no Poder Legislativo Yoon foi suspenso dos poderes presidenciais após sofrer um impeachment no início deste mês por sua decisão de impor a lei marcial, rejeitada pelo Parlamento e retirada de pauta pelo presidente algumas horas depois. A tentativa de autogolpe sofreu forte resistência de parlamentares e da população, que foi às ruas em protesto.

Um julgamento do Tribunal Constitucional está em andamento para decidir se Yoon retoma o cargo ou se é removido permanentemente. A corte tem 180 dias para chegar a uma decisão.

A crise política sul-coreana se aprofundou na sexta com o impeachment de Han Duck-soo, premiê que ocupava a chefia do Executivo de forma interina, apenas duas semanas após a destituição de Yoon.

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