Veja histórias de terror dos sobreviventes que escaparam da Pulse
Frequentadores relatam como conseguiram se esconder no ataque à discoteca gay de Orlando
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Mundo Orlando
A Pulse, principal casa noturna gay de Orlando, festejava a noite dedicada a ritmos latinos. Por volta das 2h da manhã (3h da manhã em Brasília) o DJ Ray Rivera ouviu o que pensou serem fogos de artifícios na pista de dança, porém, segundos depois, entendeu o que se passava, segundo informa o Globo.
Armado com um fuzil AR-15 e uma pistola, Omar Mir Seddique Mateen, de 29 anos, atirava contra os frequentadores, no início daquele que se tornaria o maior ataque com armas de fogo na História dos Estados Unidos.
"Ouvi barulhos, então abaixei o volume da música e vi pessoas correndo para todos os lados", disse o DJ. "Foi completamente caótico". Ele conseguiu se esconder em sua cabine e fugiu da boate.
A mesma sorte teve Christopher Hansen, que se mudou há dois anos para a Flórida. O jovem engatinhou até a saída traseira do clube.
"Ouvi o barulho dos tiros, mas cheguei a pensar que fizessem parte da música", conta Hansen. "Quando cheguei à rua, havia sangue por toda parte. Vi um homem caído e não tinha certeza se ele estava morto ou não. Tirei minha bandana e tentei estancar o sangue que saía do ferimento a bala em suas costas", completou.
Mateen abriu fogo dentro da discoteca e trocou tiros com um segurança. Ele manteve frequentadores do clube como reféns. A Swat, esquadrão especial da polícia, cercou o local e por volta das 5h usou um veículo blindado para arrombar as portas da Pulse e abater o atirador. Cerca de dez pessoas foram libertadas. Vinte minutos após os disparos iniciais, o terrorista ligou para a polícia e jurou lealdade a Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico. Antes de morrer Mateen matou 49 pessoas e feriu outras 53.
A Pulse está localizada no nº 1912 da Avenida South Orange, e fica a menos de 30 quilômetros do complexo de parques de diversão da Disney.
Luis Burbano, que também conseguiu escapar do ataque logo após o início do tiroteio, conta que aproveitou o primeiro intervalo nos disparos para correr até porta, e no caminho avistou funcionários e clientes escondidos num vestiário “esperando por um milagre”. Já fora do clube, o rapaz ajudou a conter hemorragias de dois homens baleados, usando sua camiseta.
“Estou assustado, nervoso e preocupado com todos aqueles que estavam na boate”, escreveu no Facebook Brian Reagan, gerente do estabelecimento, que estava na boate durante o ataque. “Por favor, rezem. Isso não pode ser verdade”.