Há quatro anos, em Palm Beach, no estado da Flórida, acontecia um leilão cujo objetivo era ajudar a associação Susan G. Komen, que se dedica a ajudar mulheres vítimas de câncer.

Em jogo estava um capacete de futebol americano dos Denver Broncos, autografado pela sua maior estrela, o quarterback Tim Tebow, juntamente com uma camiseta autografada pelo próprio.

Surpresa não foi quando o magnata Trump apostou mais de 12 mil dólares para conseguir levar os prêmios. Esse dinheiro, contudo, nunca chegou às mãos da associação em causa. Trump tirou fotografias com as aquisições, mesmo sem pagar por elas.

A história foi investigada pelo Washington Post, que descobriu que os 12 mil dólares chegaram à instituição, mas a origem do dinheiro não era a conta de Trump, e sim de uma outra fundação que ele criou e preside desde 1987, a Donald J. Trump Foundation.

Curiosamente, esta segunda fundação é gerida com dinheiro não do candidato presidencial, só que com donativos feitos por outras pessoas, sejam elas apoiantes do magnata ou da causa a que a sua associação se propõe.

Esta história pode ser mais um suposto indício das formas como o republicano tem contornado as autoridades fiscais norte-americanas. Em junho, por exemplo, o britânico Telegraph denunciou um super-esquema de Donald Trump que teria lesado o estado em milhões de dólares em impostos.