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Justiça americana inocenta tenente acusado de morte de jovem negro

Freddie Gray, de 25 anos, foi morto em abril de 2015

Justiça americana inocenta tenente acusado 
de morte de jovem negro
Notícias ao Minuto Brasil

15:00 - 18/07/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Baltimore

Nesta segunda-feira (18), um tribunal norte-americano declarou inocente

de todas as acusações o tenente Brian Rice, de 42 anos, acusado de não impedir os

ferimentos que causaram a morte

sob custódia policial do jovem negro

Freddie

Gray em Baltimore, no estado de Maryland, em abril de 2015.

Segundo o G1, o

juiz

Barry

Williams inocentou Rice das três acusações: homicídio culposo, imprudência temerária e má conduta no cargo.

Depois de ter pago uma fiança de

US$ 350 mil e ficar em liberdade, o

tenente,

que é branco,

se livrou de outra acusação de má conduta e de um crime de agressão em segundo grau durante o processo judicial.

Como informa

a promotoria, Rice é um dos seis policiais que supostamente contribuíram para os ferimentos mortais na coluna vertebral de

Freddie

Gray, de 25 anos, enquanto permanecia sob custódia policial e era transferido em um furgão após ser detido.

A morte do jovem ocorreu no dia 19 de abril de 2015, após

uma semana em coma pelas graves lesões, reacendeu o tema do racismo nos

Estados Unidos

com a declaração do estado de emergência em

Baltimore, assim como o desdobramento da Guarda Nacional, a instauração do toque de recolher e diversas

detenções.

Os seis policiais local acusados da morte de Gray, três negros e três brancos, estão sendo julgados separadamente. O agente inocentado nesta segunda

é um dos policiais que decidiu deter Gray enquanto patrulhava de bicicleta pelo bairro de

Sandtown.

A promotoria diz que o tenente não cumpriu com seu dever ao não colocar o cinto de segurança em Gray, enquanto outros agentes puseram algemas nos punhos e nas pernas do detido, o que o impedia de se segurar para não se chocar com as paredes do veículo durante a viagem.

A acusação acredita que o jovem tenha passado por uma

prática conhecida como o "passeio do cowboy", no qual os detidos são transferidos sem cinto de segurança na cela metálica do carro entre freadas fortes e viradas bruscas, para que se machuquem.

Dos seis policiais envolvidos, Brian Rice é o quarto

que vai a um tribunal e não é condenado, após a procuradora-geral da cidade, Marilyn

Mosby, prometer "justiça" por uma morte que evidenciou a desigualdade sofridas pelas comunidades negras e pobres na cidade.

Caesar

Goodson

e Edward M. Nero foram inocentados

de todas as acusações, enquanto o julgamento de William G.

Porter, que é negro, foi declarado nulo em dezembro do ano passado e terá que ser repetido.

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