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Pressão da Igreja adia legalização de união gay no México

Partido governista teme perder apoio diante de eleições

Pressão da Igreja adia legalização 
de união gay no México
Notícias ao Minuto Brasil

12:15 - 25/08/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Católicos

A forte pressão da Igreja católica em torno do projeto do governo mexicano de uma reforma constitucional que legalize as uniões homossexuais surtiu efeito. De olho nas eleições, a legenda governista Partido Revolucionário Institucional (PRI) decidiu adiar de forma indefinida a discussão do tema no Congresso.   

Com medo de cair ainda mais nas pesquisas de intenção de voto, o partido deu marcha ré na proposta anunciada pelo presidente Enrique Peña Nieto em maio.   

O líder da bancada governista no Senado, Emilio Gamboa, alegou que "o tema não gera consenso" no Congresso e que "não é prioridade" para o grupo parlamentar, "nem tão pouco para o país".   

Atualmente, o casamento homossexual é permitido apenas em alguns estados, como Quintana Roo, Coahuila e Morelos, e na capital. Na época do anúncio, a Igreja católica classificou como "destrutiva e imoral" a proposta, que ainda pede uma mudança constitucional para que os casais gays possam adotar crianças. Em 10 de setembro, por exemplo, foram convocadas marchas em toda a capital para defender o "casamento natural". Outras manifestações similares estão programadas para os dias seguintes.   

Em novembro, o PRI sofreu um forte revés nas eleições regionais. A legenda governista perdeu em sete dos 12 estados em disputa, sendo que antes governava em nove deles. Seu rival o Partido da Ação Nacional (PAN), de direita, por sua vez, venceu pela primeira vez em quase 90 anos em locais como Tamaulipas, Quintana Roo e Veracruz, antigos redutos eleitorais do PRI. Especialistas consideram esta a pior derrota do partido há anos, que antes governava 21 estados e agora administrará 15. Além disso, a legenda sofre com a forte queda de popularidade do presidente. Os sinais alertaram para uma possível derrota no pleito de 2018. (ANSA)

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