Ex-funcionário acusa CEO do Yahoo! de discriminar homens
De acordo com Scott Ard, a CEO Marissa Mayer está prejudicando os homens com um sistema de avaliação que beneficiaria mulheres
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Mundo Diretor
O ex-funcionário do Yahoo! Scott Ard abriu um processo contra a empresa após sua demissão alegando que foi dispensado por "discriminação" pelo fato de ser homem.
De acordo com Ard, desde que assumiu o comando da empresa, a CEO Marissa Mayer está prejudicando os homens com um sistema de avaliação que beneficiaria mulheres. "Ela [Mayer] faz uso de um sistema para acomodar preconceitos pessoais subjetivos na administração em detrimento dos trabalhadores do Yahoo! do sexo masculino", diz Ard em sua peça apresentada à Justiça de San Jose.
O diretor de arte trabalhou na empresa por três anos e meio e foi demitido no início de 2015 por "desempenho fraco". Ard alega que suas análises sempre foram muito bem recomendadas. Para seu lugar, foi escolhida a atual editora-chefe do portal, Megan Lieberman.
O ex-funcionário acusa Lieberman de rebaixar as avaliações de três homens - incluindo ele - de seu setor e de manter as pontuações de duas mulheres, fazendo com que elas fiquem "melhor avaliadas" no sistema de pontuação adotado pela empresa.
Ard ainda acusa a ex-chefe do departamento de marketing, Kathy Savitt, de promover "16 empregados do setor editorial para categoria sênior em aproximadamente 18 meses, sendo que 14 deles ou 87% eram mulheres".
Questionado pelo caso pelo site de tecnologia "Gizmodo", o Yahoo! respondeu que não pode comentar o processo na Justiça, mas que "o pedido não tem mérito". "Com o apoio inabalável de nossa CEO, nós estamos focados na contratação de funcionários com formação ampla e variada. Como declaramos no passado, o processo de avaliação trimestral não é completamente justo, mas conseguiu melhorar nossa performance.
Nós acreditamos que esse sistema ajuda nosso time a se desenvolver e a realizar o melhor de seu trabalho", informou o Yahoo!. Além disso, a empresa informou que a liderança das mulheres em cargos aumentou de 23% em 2014 para 24% em 2015, o que prova que Mayer não está fazendo nenhuma "caça" aos homens. Essa é a segunda vez que o conglomerado é processado por algo do tipo. Em 2014, o ex-funcionário Gregory Anderson alegou que "as funcionárias recebem mais oportunidades de participar de programas de demissão voluntária e recebem mais tempo para procurar outro emprego enquanto os homens são sumariamente demitidos". Anderson perdeu a ação na Justiça. (ANSA)