Exército iraquiano está a 3 km de Mosul na frente leste
Na frente sul, no entanto, tropas ainda estão na região de Shura
© REUTERS/Ari Jalal
Mundo Conflito
O exército iraquiano, junto aos peshmerga (soldados curdos do Iraque), se aproximou ainda mais de Mosul nesta quinta-feira (27). Na frente leste, as forças armadas iraquianas e curdas estão a 3 ou 4 quilômetros da auto-proclamada capital do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) no Iraque e a cerca de 12 quilômetros do seu centro, disseram fontes de Bagdá e de Erbil à ANSA. No entanto, na frente sul, soldados iraquianos e curdos ainda estão confrontando o EI na cidade de Shura, a cerca de 40 quilômetros de Mosul.
De acordo com al-Jaburi, aproximadamente 1,5 mil civis foram deslocados do município antes do início da batalha e transferidos a Qayyara, a 20 quilômetros sul e onde se encontra uma base do exército iraquiano, com alta presença de tropas norte-americanas. Além disso, em Nínive, comenta-se que o grupo terrorista está preparando uma grande batalha no interior de Mosul deslocando grande parte dos seus homens e de seus armamentos para a parte leste da cidade.
Essa posição dos jihadistas, porém, não impede que, tanto na parte ocidental quanto na oriental do município, estejam prontos pequenos depósitos de armas e de combustível, que devem servir para que o grupo resista aos seus inimigos por um tempo indeterminado, mas longo.
Nesta quinta, também foi divulgada a informação que, nos últimos três dias, 232 civis, entre eles vários ex-membros da polícia e das forças de segurança de Bagdá foram mortos pelo Estado Islâmico. De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento iraquiano, Abdulrahim Shamari, citado pela imprensa curda, o massacre aconteceu no vilarejo de Hammam al-Alili, a cerca de 9 quilômetros a sudeste de Mosul. Os civis haviam sido presos e levados à vila, onde foram assassinados.
Em compensação, desde o início da ofensiva a Mosul no último dia 17, entre 800 e 900 militantes do EI foram mortos, de acordo com o general norte-americano Joseph Votel para a agência "AFP".
Segundo Votel, é difícil obter uma maior precisão sobre o assunto já que os jihadistas costumam se mover pela cidade se misturando aos seus habitantes. Acredita-se que, antes da investida contra o Estado Islâmico em Mosul começar, estavam na cidade cerca de 5 mil combatentes do grupo terrorista. (ANSA)
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