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'Eagles of Death Metal' não são mais bem-vindos no Bataclan

Codiretor da casa de shows criticou postura do líder da banda

'Eagles of Death Metal' não são mais bem-vindos no Bataclan
Notícias ao Minuto Brasil

13:17 - 12/11/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Paris

A banda norte-americana Eagles of Death Metal, que se apresentava no Bataclan, em Paris, quando ocorreram os atentados de 13 de novembro de 2015, não é mais bem-vinda na casa de espetáculos.

Em entrevista à rádio "France Info", o codiretor do teatro, Jules Frutos, disse que não quer ver o grupo novamente em seu palco. "Eles não passarão pelo Bataclan, decidi assim", declarou.

Segundo ele, o motivo para o veto aos Eagles of Death Metal é a postura do vocalista e guitarrista da banda, Jesse Hughes (foto), após os ataques que mataram 130 pessoas em Paris. No início de março deste ano, o líder do grupo de rock afirmou que o atentado havia sido preparado dentro da casa de espetáculos e levantou suspeitas sobre as forças de segurança.

Além disso, garantiu ter visto "muçulmanos festejando pelas ruas durante os ataques, em tempo real". "Me lembro deles enquanto olhavam o meu amigo. Considerei que se tratava de inveja dos árabes [em relação aos norte-americanos]", disse na ocasião. Após uma avalanche de reações indignadas, Hughes pediu desculpas pelas frases.

O Bataclan será reaberto neste sábado (12), com um show do britânico Sting, mas os Eagles of Death Metal não estarão presentes. Ainda assim, a banda deve participar, neste domingo (13), de uma cerimônia em frente à casa de espetáculos pelo aniversário de um ano dos ataques.

O massacre no Bataclan deixou 89 mortos e contribuiu com a maior parte das 130 vítimas dos atentados de 13 de novembro, que também atingiram bares e restaurantes dos 10º e 11º arrondissements de Paris e o Stade de France, nos arredores da capital.

Os ataques foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que é combatido pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, da qual a França é uma das integrantes mais ativas. (ANSA)

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