Presidente da Turquia recebe menina que relatava crise em Aleppo
'Estamos muito contentes de encontrar Erdogan', publica Bana no Twitter
© Umit Bektas / Reuters
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A menina síria Bana Alabed, 7, conhecida por divulgar nas redes sociais o drama vivido nas áreas ocupadas por rebeldes e sitiadas pelas forças do regime de Bashar al-Assad na cidade de Aleppo, foi recebida com sua família na última quarta-feira (21) pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
"Fiquei feliz por receber @AlabedBana e sua família no Complexo Presidencial hoje", escreveu Erdogan em sua conta no Twitter, junto a fotos em que Bana aparece sentada em seu colo. "A Turquia sempre estará do lado de nosso irmãos sírios."
"Estamos muito contentes de encontrar Erdogan", publicou a menina no Twitter.
Bana e seus familiares foram retirados de Aleppo na semana passada junto a outros dezenas de milhares de civis, depois que as facções rebeldes que controlavam bairros da cidade entraram em um acordo com o regime sírio para a desocupação do local.
O cessar-fogo foi mediado pelos governo da Turquia e da Rússia, que intervém em lados opostos do conflito na Síria -enquanto Ancara financia grupos armados da oposição, Moscou é o principal aliado de Assad e bombardeia posições dos rebeldes.
Antes de sair da cidade, diante dos bombardeios e da ofensiva terrestre promovidos pelas forças pró-Assad, Bana havia publicado no Twitter: "É meu último momento para viver ou morrer". A conta dela na rede social tem mais de 350 mil seguidores e é gerida por sua mãe, Fatemah, professora de inglês.
Bana tem sido alvo de campanhas online afirmando que seu perfil é falso. Há desconfiança a respeito de contas como a da garota, por vezes vistas como instrumentos de propaganda.
A retomada de Aleppo, concluída nesta quarta-feira com a retirada da última leva de rebeldes e civis, é a principal vitória do regime de Assad nos quase seis anos de guerra civil.
Aleppo era a maior cidade da Síria antes do início do conflito e, desde julho de 2012, tinha seu controle repartido entre os rebeldes e o governo. Com informações da Folhapress.
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