Chefe da CIA: EUA contribuíram para a formação do Estado Islâmico
John O. Brennan considera a entrada das tropas norte-americanas no Iraque, em 2003, 'o motivo, que provocou a violência e o derramamento de sangue nessa parte do mundo'
© Gary Cameron / Reuters
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A saída das tropas norte-americanas do Iraque, em 2011, contribuiu para a formação e ampliação do grupo terrorista Estado Islâmico, disse o diretor da CIA John O. Brennan.
“Eu não penso que isso (saída das tropas) foi motivo (da criação do Estado Islâmico). Eu penso que isso foi um fator que contribuiu para os acontecimentos que se seguiram. Porque não estávamos lá (no Iraque). Não pudemos oferecer consultas e suporte (às autoridades iraquianas)”, disse Brennan em entrevista à emissora CNN.
Ele considera a entrada das tropas norte-americanas no Iraque, em 2003, “o motivo, que provocou a violência e o derramamento de sangue nessa parte do mundo”.
“Se nós soubéssemos na época o que sabemos agora, sobre o crescimento explosivo do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, será que manteríamos a mesma direção? Provavelmente não”, disse Brennan, que deixa o cargo em 20 de janeiro com a administração do presidente Barack Obama.
Ao mesmo tempo, o diretor da CIA especulou que, se as tropas americanas permanecessem no Iraque, os terroristas do Estado Islâmico poderiam aproveitar isso para arregimentar mais seguidores.
“É difícil saber, mas a história seria outra. Sem dúvida, seria outra”, concluiu o diretor da CIA.
Obama, quando assumiu a presidência em 2009, cumpriu a sua promessa eleitoral e retirou as tropas norte-americanas do Iraque. No entanto, em 2014, os EUA e seus aliados iniciaram operações aéreas contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. (Sputnik Brasil)
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