Futuro chefe do Pentágono diz que Putin é 'ameaça' aos EUA
A declaração vai de encontro ao tom cordial que o republicano tem adotado em relação ao mandatário russo
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Mundo Secretário
Escolhido por Donald Trump para ser o próximo secretário de Defesa dos Estados Unidos, o general da reserva James Mattis foi sabatinado no Senado nesta quinta-feira (12) e afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é uma "ameaça" para o país.
A declaração vai de encontro ao tom cordial que o republicano tem adotado em relação ao mandatário russo, assim como já havia acontecido na sabatina com o próximo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.
Aos senadores, Mattis disse que o objetivo de Putin é "dividir" a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar que foi questionada pelo próprio Trump durante a campanha eleitoral, levantando temores sobre seu futuro após a posse do magnata.
"Putin está tentando dividir a Otan", declarou o futuro chefe do Pentágono, garantindo que o presidente eleito está "aberto" a suas opiniões sobre a Rússia. Além disso, Mattis afirmou considerar a organização como "central" para a segurança norte-americana.
A política expansionista da aliança militar no leste europeu é motivo de duras críticas por parte do Kremlin, principalmente quando passou a cortejar a Ucrânia. Um dos motivos da anexação da Crimeia pela Rússia seria evitar que a Otan chegasse mais perto de suas fronteiras.
Recentemente, Moscou também protestou quando a Itália enviou tropas para uma formação da aliança na Letônia, ex-república soviética que, segundo um estudo do think tank norte-americano Rand Corporation, poderia ser conquistada pela Rússia em menos de 60 horas.
Na última quarta-feira, Rex Tillerson, nomeado por Trump para o Departamento de Estado, já havia dito que a preocupação dos membros da Otan em relação a Moscou são "justas" e que o país é "perigoso".
No entanto, Trump, em sua primeira coletiva após a eleição de 8 de novembro, reiterou sua admiração por Putin e que espera ter uma relação positiva com o presidente russo. A proximidade entre os dois líderes tem causado bastante expectativa sobre como eles se comportarão a partir da posse do republicano, em 20 de janeiro. (ANSA)