Chelsea Manning tem pena reduzida e será libertada em maio
Assange disse que deixaria a embaixada do Equador em Londres e aceitaria ser extraditado para os Estados Unidos se a militar fosse libertada
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Mundo Wikileaks
A militar transgênero Chelsea Manning, que foi condenada a 35 anos de prisão por vazar dados ao site Wikileaks, teve a sua pena reduzida pelo presidente Barack Obama e será libertada em maio deste ano.
Segundo o "The New York Times", o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou na última sexta-feira (13) que era possível que Manning ganhasse um perdão, depois que ela "foi sentenciada e reconheceu a gravidade de seus atos".
A ex-soldada entrou com pedido de liberdade em 2013, pouco antes de ir para uma prisão militar em Kansas. Desde então, tentou se suicidar duas vezes na cadeia.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou um dia antes da decisão que deixaria a embaixada do Equador em Londres, onde vive, e aceitaria ser extraditado para os Estados Unidos se Manning fosse libertada. Isso evitaria a sua extradição para a Suécia, onde responde por agressão sexual.
"Se Obama conceder o indulto a Manning, Assange aceitará uma extradição para os Estados Unidos, apesar de ser um caso claramente inconstitucional por parte do DoJ (Departamento de Justiça dos Estados Unidos)", postou o WikiLeaks no Twitter.
A ex-militar disse ao jornal que, agora com 29 anos, quer começar uma vida nova. Ela começou o seu tratamento de mudança de sexo no presídio.
"Não peço o perdão da minha condenação. Entendo que as consequências colaterais da minha condenação militar serão mantidas em meu histórico para sempre. O que peço é a primeira oportunidade para viver a minha vida fora da USDB (a prisão militar) como a pessoa que quero ser", disse.
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